Novembro é um mês importante para o setor da pecuária acreana. É quando os criadores de gado do estado devem vacinar todo o rebanho contra a febre aftosa.
O rebanho acreano está estimado em mais de 2,8 milhões de animais. Na primeira etapa da campanha, em maio, a cobertura vacinal chegou a 98%. Para manter esses índices que garantem, há mais de 10 anos, o reconhecimento internacional do estado como área livre de aftosa é preciso planejamento.
É o que têm feito as casas agropecuárias que comercializam as vacinas. Para se antecipar e garantir que o produto não falte, já há estoque nas empresas do ramo.
A qualidade das vacinas que são comercializadas no estado é fiscalizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf).
Na manhã desta terça-feira, 20, Álvaro Ferreira, responsável pela fiscalização das casas agropecuárias, esteve em estabelecimentos comerciais que estão recebendo o produto. No processo de fiscalização, são verificados a data de fabricação, o vencimento e, principalmente, a temperatura, que deve oscilar entre 2 e 8 graus para garantir boas condições das vacinas.
“A gente fiscaliza desde a transportadora até a hora de passar para o produtor rural. O estoque já é grande. Só em Rio Branco temos mais de um milhão de doses disponíveis”, destaca Ferreira.
Sulamita Novaes, proprietária de uma casa agropecuária, afirma que a parceria com o Idaf garante a qualidade da vacina. “Quando o produto chega à loja, o primeiro passo é chamar o fiscal do Idaf para que seja verificado se as vacinas estão em boas condições. A partir daí, fazemos um monitoramento constante, inclusive nos fins de semana, para que elas fiquem acondicionadas na temperatura ideal”, disse.
Governo e parceiros se preparam para a segunda fase da campanha
Não são apenas as casas agropecuárias que se preparam para a segunda fase da campanha de vacinação contra a aftosa, que tem início dia 1° de novembro.
Para que as vacinas cheguem a todas as propriedades rurais do estado e todo o rebanho seja imunizado, é necessária uma grande logística por parte do Idaf. São mais de 250 profissionais envolvidos, além da utilização de veículos e barcos.
“Já estamos em contato com parceiros como o Fundepec e o Ministério da Agricultura e Pecuária, e também contando com o apoio dos nossos veterinários e técnicos. Nos municípios de difícil acesso já temos toda uma programação para garantir que todo o rebanho acreano seja vacinado”, destaca Mamed Dankar, diretor-presidente do Idaf.