O governador Tião Viana chega nesta quarta-feira a Brasília, onde volta a discutir no Senado o pacto federativo com os demais governadores, na iminência de receber a confirmação de um grande feito para o Acre nos próximos anos.
Trata-se da construção da Ferrovia Transoceânica, que deverá ser construída com financiamento do governo chinês, cujo primeiro-ministro, Li Keqiang, chegou nesta segunda-feira ao Brasil. Ele vai discutir nesta terça-feira, 19, com a presidente Dilma Rousseff um novo pacote de investimentos chinês no país, dessa vez, da ordem de US$ 50 bilhões.
Com trajeto previsto de Mato Grosso até o Acre, por onde deve seguir rumo ao Pacífico passando por Cruzeiro do Sul, a ferrovia servirá para transportar produtos do Centro-Oeste e da Amazônica Ocidental pelos portos peruanos do Pacífico até o mercado consumidor chinês.
Segundo informou à imprensa o embaixador José Alfredo Graça Lima, da Subsecretaria-Geral de Assuntos Políticos do Itamaraty, durante a passagem da comitiva chinesa pelo Brasil serão assinados mais de 30 documentos, entre acordos governamentais, empresariais e outros atos.
O embaixador disse tratar-se de projetos que estão em diferentes estágios de negociação e planejamento. “Um dos projetos mais importantes para os dois países é a construção de uma ferrovia transoceânica, que cortará Brasil e Peru, facilitando o escoamento de grãos e outros produtos da região Centro-Oeste para o Oceano Pacífico”, assinalou Lima.
Segundo o diretor-executivo da Confederação Nacional de Transporte (CNT), Bruno Batista, é justamente essa preocupação com o escoamento de produtos brasileiros para a China, “questão de segurança alimentar”, que tem elevado a disposição dos chineses de investir na logística brasileira.