Empresas chinesas investem 20 bilhões de dólares ao ano no Brasil, e esse movimento econômico poderá começar a passar pelo Acre.
Os valores e a probabilidade foram anunciados pela representante do Escritório do Conselho Chinês de Promoção de Comércio Internacional no Brasil, Mi Na, na tarde desta terça-feira, 10, durante encontro com a vice-governadora Nazareth Araújo, em Rio Branco.
“O propósito da minha viagem ao estado é conhecer mais sobre o Acre, suas políticas de investimento e de meio ambiente, por exemplo. Com isso, vamos mostrar aos empresários chineses as vantagens que eles terão ao investir no estado”, disse Mi Na, que representa, no Brasil, a maior entidade chinesa de fomento do comércio internacional.
A representante chinesa estava acompanhada do presidente da Câmara de Negócios Nacionais e Internacionais da Logística (CNNI-Log) brasileira, Genivaldo Félix, que veio ao Acre pela segunda vez.
“Nós temos empresas chinesas das áreas automobilística [caminhões] e eletrônica interessadas em montar negócios no Acre”, contou Félix.
De acordo com o representante da CNNI-Log, o próximo passo será a realização de um encontro, no Acre, com empresários e investidores locais, nacionais e chineses. Cerca de 20 empresários e investidores da China deverão comparecer ao evento, que tem por finalidade a concretização de negócios.
A empresa especializada em consultoria aduaneira AZ Solutio Comércio Internacional já está trabalhando na busca da concretização de negócios chineses no Acre.
“Nesse projeto, nosso principal objetivo é trazer empresas chinesas para produzir no Brasil e exportar via Peru. E o Acre é estratégico para que isso ocorra”, explicou o empresário André Jorge Prado.
Potenciais do Acre
A relação de mercado com países vizinhos, a localização geográfica para exportação com custo mais baixo, por meio dos portos do oceano pacífico, e incentivos fiscais são alguns dos estímulos que o Acre oferece às empresas. “Nós temos 90 milhões de potenciais consumidores somente nos países vizinhos”, destacou o secretário de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis, Fernando Lima.
“Nós já temos cadeias produtivas montadas que respeitam a questão ambiental e políticas de incentivo em várias áreas, como na piscicultura, suinocultura e avicultura, por exemplo. Isso poderá ser aproveitado por empresas chinesas. Assim, estaremos fomentando a nossa economia sustentável e gerando emprego e renda”, finalizou Nazareth Araújo.