Em alguns casos mais graves de obesidade, as mudanças alimentares e a prática de atividades físicas não são suficientes para a perda de peso e a melhoria na qualidade de vida. Nestas situações, apenas uma intervenção médica mais efetiva, como a cirurgia bariátrica, que reduz o tamanho do estômago, pode resolver. Por isso, o governo do Estado se prepara para intensificar as cirurgias desse tipo a partir da semana que vem, como foi informado ao governador Tião Viana pelos médicos Romeu Delilo e Thiago Batista nesta terça-feira, 2, na Casa Civil.
Hoje, 72 pacientes esperam pela realização da cirurgia bariátrica. Eles fazem parte de um grupo de suporte em que a cirurgia é o último passo. Muitos ainda conseguem se livrar da necessidade da operação durante a terapia de preparação. As cirurgias já são realizadas no Hospital das Clínicas. Na rede privada, cada cirurgia sai entre R$ 35 e 40 mil. Em setembro de 2008 foi realizada a primeira cirurgia bariátrica no Acre. De 2008 e a 2012, aproximadamente, 60 cirurgias foram feitas por meio de recurso próprio da Sesacre. Em 2013, o Ministério da Saúde habilitou o Hospital das Clínicas, e as cirurgias bariátricas passaram a ser custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a secretária de Saúde, Suely Melo, é importante o estado ter esse projeto aqui. “A obesidade é uma das maiores doenças do século XXI, e no Acre ela tem um número alarmante”, afirma. A cirurgia bariátrica está indicada para pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 35, que tenham complicações como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue e problemas articulares, ou pacientes com IMC maior que 40 que não tenham obtido sucesso na perda de peso com outros tratamentos.
O médico Romeu Delilo conta também que no dia 7 de novembro foi realizada no Acre a primeira cirurgia vídeo-bariátrica. O procedimento é mais moderno, com menos tempo de internação do paciente, cicatriz menor e o risco inferior de infecção. “A ideia é que em breve também sejamos capazes de fazer com que esse tipo de cirurgia em vídeo decole no Acre”, conta Romeu.