O governador Tião Viana realizou no começo da noite desta terça-feira, 8, mais uma reunião com os principais atacadistas de alimentos e combustíveis do Acre com o intuito de discutir e avaliar ações que mantêm o abastecimento do estado. O encontro aconteceu na Casa Civil e marcou um otimismo de todos devido às novas parcerias comerciais com o Peru e o começo da vazante do Rio Madeira, que inundou a BR-364, única ligação do Acre com o resto do Brasil.
Para o governo e empresários, uma nova crise de combustíveis passou a ser descartada no Acre tendo em vista principalmente a compra do produto no Peru. Só ontem chegaram sete carretas, com mais de 200 mil litros de gasolina. A distribuidora brasileira Atem também chegou a Cruzeiro do Sul, mantendo em dia o abastecimento do interior do estado. Uma nova balsa da BR Distribuidora está programada para chegar dia 10 e as distribuidoras Shell e Ipiranga anunciaram que também estão enviando balsas.
A compra de hortifrútis também tem ocorrido em negociações dos atacadistas acreanos e empresários peruanos. Vindas de Arequipa, na Região Sul do Peru, 54 toneladas de produtos de hortifrútis chegaram a Rio Branco na manhã desta terça-feira, 8. Além da capital, mais oito municípios também vão ser abastecidos. A vinda não tem sido maior, pois o lado peruano da documentação alfandegária tem resultado no atraso da passagem das cargas dentro do país vizinho. Já no lado brasileiro, com as novas resoluções federais, os empresários acreanos não se queixam do trabalho alfandegário.
“O governo federal tomou uma posição mais dura. O Ministério da Agricultura tem cooperado, a Receita Federal também, além das novas resoluções da Anvisa que estão melhorando o trabalho na fronteira. As rotas comerciais com o Peru foram abertas num momento de dificuldade, mas nunca mais irão fechar”, disse o governador Tião Viana.
Quanto à travessia da BR-364, as equipes do governo do Estado se mantêm na região realizando a travessia de caminhões mesmo com a alta lâmina d’água ainda cobrindo a estrada. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já estão a postos, apenas esperando as águas baixarem para avaliar a estrada e preparar seus reparos.