Demonstrando sua boa saúde econômica, o Acre está entre os dez estados do Brasil com superávit em 2017. O esforço do governo do Estado em manter o equilíbrio fiscal e os investimentos no desenvolvimento sustentável mostram a positividade do caminho tomado nos últimos anos pelo governador Tião Viana.
Superando estados com economias maiores, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, o Acre teve no último ano o superávit de R$ 41 milhões de reais. Superávit é quando há mais receitas que despesas.
Isso se deve à boa administração dos recursos e investimentos que o estado está tendo, mesmo com a queda nos repasses federais, obrigatórios segundo a Constituição Nacional. Nos últimos sete anos, a União diminuiu as transferências para o Acre em 14,5%.
“O Acre segue firme, com a cabeça erguida, em busca de uma economia diversificada e sustentável. Todos os projetos e investimentos do governo fazem a inclusão social e contribuem na geração de renda e emprego”, afirma o governador. Em toda a gestão de Tião Viana, o governo já investiu mais de R$ 4 bilhões de reais em ações que vão do saneamento e saúde pública, até a cadeias produtivas que fortalecem a economia.
No cenário nacional da saúde financeira, o Acre está a frente de estados como Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, que possuem mais possibilidades econômicas de crescimento, como grandes indústrias, exploração mineral e agronegócio em larga escala.
Os bons indicadores
Desde o ano de 2014, o Brasil está vivendo uma crise econômica. Até 2016, o produto per capita brasileiro tinha caído cerca de 9%. Neste cenário, acrescentando o corte de recursos federais, o Acre teve que manter o poder de investimento e o controle nos gastos.
Nos últimos 13 anos, o estado se estabeleceu como o 4º com maior crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB). Em números, o Acre passou de um PIB de R$ 2,971 bilhões em 2002 para R$ 13,459 bilhões em 2014. “Apesar da crise nacional, o Acre se constrói como um estado contemporâneo e com uma sociedade unida e com inclusão. Sem arrogância, seguimos para um amanhã de esperança para os filhos do futuro”, afirma Tião Viana.
Economia com inclusão
O Acre, historicamente, surgiu com uma economia extrativista e quase nenhuma inclusão social. Uma realidade, que mesmo com o fim do ciclo da borracha de seringa na metade do último século, só começou a mudar a partir dos anos 2000. Atualmente, o estado possui uma economia com base diversificada, inclusão social e conservação ambiental.
Os incentivos nesta base aumentaram ainda mais a partir de 2011, no governo de Tião Viana, o qual aplicou mais de R$ 500 milhões no setor produtivo, além de fazer surgir diversas cadeias produtivas antes pouco exploradas. Algumas das atividades rurais que foram incentivadas: piscicultura, suinocultura, avicultura, produção de milho, coco, frutíferas. Houve ainda a garantia do aumento da produção de castanha e fortalecimento da extração do látex e óleos essenciais, como murmuru.
Outro dado importante nesta análise mostra a participação do Estado e da iniciativa privada na geração de empregos. Em 1999, o governo era responsável por 61,8% dos postos de trabalho, realidade que mudou com os incentivos à economia. Dados de 2015 apontam agora a iniciativa privada como sendo a grande responsável pela geração de empregos, com 58,5%. Com isso, a máxima de que o Estado é o grande empregador mudou completamente.
Isso pode ser visto com os bons resultados da produção de castanha, suínos, piscicultura, bovinos, mandioca, entre outras atividades nos últimos anos. No PIB de 2014, a atividade agropecuária representou 10,7% do valor total adicionado.
A Plataforma de Monitoramento de Desempenho Territorial do Estado, criada pelo governo com apoio da organização não governamental Earth Innovation Institute [traduzindo: Instituto de Inovação da Terra], reúne e esclarece esses números.
A cadeia produtiva da mandioca saiu de uma produção de 360 mil toneladas em 2002 para 1,1 milhão de ton., em 2015. O açaí evoluiu 300% em sua produção e chegou a 5,4 mil ton., em 2015. Já na castanha foram colhidas e comercializadas mais de 14 mil ton. também em 2015, tornando o estado o maior produtor dessa noz. O rebanho de gado bovino triplicou, mesmo com o desmatamento em controle, mostrando que a criação ocorre em áreas já abertas anteriormente.
Agregado a isso, o governo investiu também na industrialização como ponta final dessas cadeias produtivas. A Peixes da Amazônia, para o beneficiamento do pescado, que dobrou sua produção entre 2013 e 2015, e a Dom Porquito, que beneficia as recentes criações de suínos são exemplos da aliança do governo com grupos empresariais e cooperativas.
Assim como as indústrias de beneficiamento de castanha, geridas pela Cooperacre (Cooperativa Central de Comercialização Extrativista), que faz a organização de cerca de 2.000 famílias da floresta e de seus produtos. Hoje, o estado é o segundo maior produtor de castanha do Brasil.
Até mesmo no campo das exportações, o Acre ganhou maior destaque. Em 2015, o volume de negócios ultrapassou US$ 15 milhões (cerca de R$ 46,9 milhões). Os principais destinos das exportações foram Estados Unidos, Bolívia e Peru.
De nada valeria essa análise econômica se não fossem os dados que mostram a melhoria na qualidade de vida e bem-estar da população. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra bem essa evolução no Acre.
Mas antes, é importante entender o que significa o IDH, que desde 1990 baseia o Relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Ele se baseia em três fatores: longevidade, educação e renda ‘per capita’. Com isso, vê-se que o Acre passou de um Baixo Desenvolvimento em 2000, com o índice de 0,517, para Alto Desenvolvimento em 2014, com o índice de 0,719. Segundo as fontes Pnud, Fundação João Pinheiro e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).