Jéssica Ferraz dos Santos é estudante do primeiro ano da Escola Jovem Boa União, uma das sete em tempo integral implantadas este ano pelo governo do Acre por meio da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE). Mas o que faz Jéssica ser diferente? Na Boa União há outros alunos com necessidades especiais, mas ela é a única surda acompanhada diariamente pela intérprete de língua de sinais (libras), Valderlene Figueiredo.
Apesar da limitação, Jéssica já descobriu que a nova metodologia de ensino implementada pela SEE permite que ela consiga acreditar em si e projetar um futuro melhor. “A escola me faz acreditar no meu potencial para alcançar os meus sonhos”, disse.
Com outros alunos ela participa da semana do protagonismo, realizada pela SEE em parceria com o Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), onde ex-alunos de escolas de tempo integral compartilham experiências.
No caso de Jéssica, que quer ser instrutora de língua de sinais e trabalhar com crianças, a nova modalidade de ensino integral faz com que ela passe a acreditar na própria capacidade de aprendizagem. “Estamos aprendendo que temos potencial e podemos fazer nossa própria história”, completou.
Cleber Lima, que orienta os alunos na Escola Boa União, diz que podem ser criados grupos de música, de teatro e até de jornal. “São coisas que eles não veem em sala de aula e que podem ajudar o aluno na vida dele”, explicou.
A semana do protagonismo vai até sexta-feira, 28, nas sete escolas de tempo integral, e durante as atividades o jovem está no centro de todas as ações, despertando no aluno o sentido de liderança a fim de buscar aquilo que ele deseja. E uma das ideias da semana é que se criem grupos temáticos, em que cada um possa participar onde melhor se identificar.