Com o objetivo de avançar ainda mais no fomento ao setor rural para milhares de famílias e comunidades produtoras, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) além de outros órgãos, se prepara para este ano retomar as atividades do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA-II).
Concebido com a ideia de fomentar cadeias produtivas no estado, o PDSA funciona com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Para este ano, estão programados investimentos de quase R$ 18 milhões, beneficiando mais de 6 mil famílias produtoras e associadas a grupos organizados.
O Programa foi desenhado para incentivar projetos nas cadeias da castanha, borracha, fruticultura, pecuária leiteira e suinocultura. Os projetos desenvolvidos variam de forma direta, que beneficia cooperativas e associações; e indireta, onde a Sepa vai direto nas famílias produtoras que estejam atuando de forma mais independente em suas áreas.
Segundo a coordenadora do PDSA, Eneide Taumaturgo, o recurso para o último ano do programa, cujo encerramento será em novembro, estava quase sendo perdido junto ao BID, mas com os esforços do governador Gladson Cameli e o secretário de Produção e Agronegócio, Edivan Azevedo, ele voltará esse ano para aplicação e colheita de resultados, gerando uma ampla ação junto aos pequenos e médios produtores rurais do Acre.
“Estamos fazendo um diagnóstico de tudo que já foi aplicado no PDSA. Os primeiros anos do Programa foram principalmente para fomento com a entrega de equipamentos para as famílias produtoras. Agora vamos iniciar um novo momento, principalmente focado na assistência técnica, para que o produto dessas famílias gere renda e chegue nas prateleiras dos mercados”, conta Eneide.
Da assistência a projetos indígenas
A maior parte dos recursos do PDSA este ano, cerca de R$ 6 milhões, estará voltado para a assistência técnica rural, por meio da contratação de uma empresa terceirizada e o trabalho conjunto com os técnicos da Sepa justamente para atender o máximo de famílias possíveis, entre aquelas que já foram beneficiadas e as do entorno dessas, para que também sejam contempladas nas possibilidades de melhoria de qualidade de vida e trabalho.
Já entre os projetos de grupos associados, seis estão na espera da liberação dos recursos aprovados no BID, incluindo dois de fomento indígena. Um deles é o da tribo Puyanawa, localizada no município de Mâncio Lima, que será beneficiada com a construção de um viveiro coletivo, contemplando fruticultura e aproveitando áreas já abertas.
O outro projeto indígena, voltado para a tribo Yawanawa de Tarauacá, também é da área de fruticultura, o que inclui a criação de sete casas de processamento de polpa, o que vai gerar postos de trabalho e uma renda para benefício da aldeia a partir de uma atividade industrial.
Segundo o gerente administrativo do programa, Francisco Matias Junior, todos os recursos para este ano já estão na fase de licitação e serão aplicados até o final do ano.