Não há como confundir o espaço do Arraial Cultural na Expoacre deste ano. A mistura do cheiro de pipoca e tacacá é um convite irresistível para entrar.
Dezenas de barracas de comidas típicas, dos dois lados, oferecem um momento especial para apreciar a culinária, ao som de forró tocado por uma banda no palco Saudades do Seringal.
Nesse clima, a professora Maria de Jesus saboreava um apetitoso tacacá. “Fazia nove anos que não vinha à Expoacre. Estou matando a saudade de tudo que só tem por aqui”, declarou.
Ao olhar para o alto, vê-se um céu estrelado, decorado com bandeirinhas coloridas de arraial. Estátuas e outros símbolos da cultura caipira vão se espalhando pelo aconchegante espaço, até chegar ao palco das apresentações das quadrilhas.
Até o próximo sábado, 18 quadrilhas juninas levam ao público toda a peculiar desenvoltura que só a cultura caipira oferece.
Sempre a partir das 20 horas, nesta quarta-feira, por exemplo, a noite de arraial começou com a quadrilha Nega Maluca, de Feijó, passou pela Matutos da Roça e fechou com a Escova Elétrica, ambas de Rio Branco. Porto Acre, Tarauacá e Xapuri também garantem suas qualidades caipiras nas apresentações.
Com público cativo, o Arraial Cultural faz até quem dança quadrilha arranjar um tempo para assistir às outras apresentações.
O dançarino Wendson Mendes estava atento aos detalhes da performance da Nega Maluca. “Danço quadrilha há oito anos. Sou completamente apaixonado por essa cultura. Não pretendo parar”, relatou.
Das 18 quadrilhas, 14 estão em competição pelo título estadual. O resultado será divulgado no sábado. No domingo, as três primeiras colocadas se reapresentarão. O 17º Arraial Cultural é realizado próximo à arena de rodeios, no Parque de Exposições.