Não é novidade que o Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia S.A. foi uma das apostas do governo mais bem sucedidas de 2015. O que não se esperava é que num intervalo de nove meses a comercialização de produtos fosse tão expressiva, com o funcionamento de apenas um terço da capacidade do frigorífico, que é de até 70 toneladas por dia.
Em abril, a primeira remessa de pescado foi destinada ao abastecimento do mercado local durante a Semana Santa. Até o último mês do ano, o empreendimento já havia comercializado 600 toneladas, atendendo a demanda de outros estados, gerando mais empregos e receitas para o Acre.
De acordo com o gerente de processamento do frigorífico, Jair Bataline, de 28 toneladas no início, o complexo passou a processar cerca de 100 toneladas mensalmente. “Aqui nós temos diferentes tipos de corte de tambaqui, pirarucu e pintado. Os sócios e produtores já estão se preparando para ampliar esses números, por causa da promissora Semana Santa deste ano”, comentou.
Acre que produz, processa e exporta
Com valor agregado aos cortes nobres de pescado, a Peixes da Amazônia conquistou espaço nas redes de restaurantes e supermercados de estados, como São Paulo, Brasília, Santa Catarina, Goiás e Ceará.
Ainda, em 2015 um importante contrato foi fechado com o Grupo Pão de Açúcar (GPA), de São Paulo (SP), para o envio semanal de peixe inteiro fresco. Só entre novembro e dezembro de 2015 foram enviadas aproximadamente 70 toneladas de produtos. O próximo passo agora será o envio também de cortes de pintado e pirarucu para o grupo, em Brasília.
O Complexo de Piscicultura dispõe de centro de alevinagem, fábrica de ração e frigorífico. Em dezembro, a primeira carga de ração saiu de Rio Branco com destino a Puerto Maldonado, no Peru.