A enchente dos rios registrou marcas histórias este ano no Acre. Em meio ao período turbulento, as doações chegaram de todos os lugares e formas: mantimentos, roupas e depósitos em conta corrente. Quem não tinha essas alternativas doou-se com voluntariado. O fato é que a solidariedade alcançou milhares de famílias atingidas. E continua alcançando – nesta segunda-feira, 29, foram entregues às comunidades produtos adquiridos com os últimos valores repassados ao Acre Solidário por meio da conta.
São redes, colchões e cobertores. Tudo vai para as mãos de comunidades indígenas, religiosas, ribeirinhas e de casas-abrigo. A primeira-dama do Estado e coordenadora do Movimento Acre Solidário, Marlúcia Cândida, acompanhada pela vice-governadora Nazareth Araújo, fez a entrega simbólica do material aos representantes dos beneficiários.
De acordo com Marlúcia, o objetivo foi resguardar a população atingida de enfrentar uma frente fria a qualquer momento sem estar devidamente protegida. “Só temos a agradecer as pessoas do mundo inteiro, pois recebemos os mais diversos valores, e vamos agradecer essa ajuda por onde quer que passarmos. Com os últimos recursos, antecipamos a compra de cobertores, redes e colchões já pensando nos momentos de friagem que podem chegar a qualquer momento, na confiança de que esse material chegará o quanto antes às mãos daqueles que precisam”, destaca.
A Casa Mãe da Mata, que abriga mulheres em situação de violência ou que estejam em risco de morte, receberá 30 redes. Os ribeirinhos receberão 500 cobertores e 100 redes. Comunidades indígenas receberão 500 cobertores e 150 redes. Igrejas evangélicas da Baixada do Sol receberão 400 cobertores, e igrejas católicas, 50 redes e 338 cobertores.
“Acompanhamos de perto o sofrimento das famílias este ano e agradecemos muito, porque só quem sabe o valor de um colchão, de uma rede ou de um cobertor é quem perdeu tudo com a enchente”, frisou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Branco, Fátima Maciel.
A vice-governadora reiterou o agradecimento à solidariedade e à união do povo acreano diante das cheias: “É muito bom quando podemos fazer boas ações com a confiança de pessoas que partilham conosco esse momento. Bom seria se não tivéssemos alagações, mas quando elas vêm, o povo do Acre se mantém unido, e isso é tão bonito que mobiliza o mundo todo para nos ajudar. Mais do que cobertores, nós estendemos aqui a nossa mão amiga e o carinho que é capaz de aquecer os corações”.