Reconhecido internacionalmente por sua luta em defesa da floresta e das populações tradicionais, o acreano Chico Mendes deu nome a um dos prêmios mais ilustres, que foi entregue pelo governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM).
Criado em 2004, o Prêmio Chico Mendes de Florestania tem por finalidade reconhecer pessoas, atividades e iniciativas que consolidam o modelo de desenvolvimento sustentável e a florestania.
Os vencedores de 2016, escolhidos por indicação nas categorias internacional, estadual e comunitária, foram Daniel Nepstad, Eufran Ferreira de Amaral e a Associação Agroextrativista da Reserva Extrativista do Rio Liberdade (Asareal).
Categoria Internacional
O americano Daniel Nepstad recebeu o troféu “Castanha de Bronze” pela sua atuação há mais de 30 anos na Amazônia, onde estuda os efeitos das mudanças climáticas, políticas e uso do solo na floresta.
Entre os legados deixados para a região, destaca-se a criação do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), do qual foi presidente e fundador.
Nepstad, que é diretor executivo e presidente do Earth Innovation Institute – Instituto Inovação da Terra –, é uma autoridade mundial em REDD e em desenvolvimento rural de baixas emissões (DRBE). Ele compõe o Grupo de Trabalho de REDD da Califórnia (EUA) e o Comitê Científico do programa de REDD do Acre.
Categoria Estadual
Eufran Amaral foi homenageado por ser um defensor dos recursos naturais e do povo do Acre. Definiu sua vida profissional em cima dos ensinamentos de Chico Mendes, com foco no desenvolvimento sustentável.
Contribuiu ativamente para a construção do Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre (ZEE) e da Política de Valorização dos Ativos Ambientais Florestais.
Com suas façanhas, Eufran buscou incentivar as pessoas a viver em comunhão na e da floresta. O homenageado, que já foi secretário de Estado de Meio Ambiente, atualmente responde pela gerência da Embrapa Acre.
Categoria Comunitária
Representada pela seringueira Maria Renilda Santana da Costa, mais conhecida como Branca, a Associação de Agroextrativistas da Reserva Extrativista do Rio Liberdade (Asareal) foi criada em 2005, na região do Alto Juruá, em Cruzeiro do Sul.
A Asareal trabalha, em parceira com organizações governamentais, na implementação de políticas públicas que transformaram a vida dos comunitários. Suas experiências sustentáveis são reconhecidas e servem de exemplo para outras organizações.
Branca, que é presidente da associação, atua nos grupos de mulheres e jovens da Resex do Rio Liberdade. É conhecida por incentivar o empoderamento desses segmentos, por meio da implementação de políticas públicas.