O Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) finaliza as atividades do Curso de Mergulhador Autônomo (Cmaut), voltado para os profissionais dos Vales do Juruá e Tarauacá/Envira. Nesta semana, as instruções foram desenvolvidas em Rio Branco e na sexta-feira, 1, realizada a prova prática que conclui o curso.
Ao todo, foram 280 horas/aula durante 30 dias de atividades que levaram o profissional à exaustão. Para ser aprovado na prova prática, o aluno-mergulhador precisa ficar, durante cinco minutos, submerso em um tanque profundo, de olhos vendados, revezando o oxigênio com o colega, enquanto outros bombeiros realizam uma enorme pressão psicológica.
“Menos de 5% do efetivo do Corpo de Bombeiros são mergulhadores. É um curso em que o militar precisa ser voluntário para participar, pois é uma atividade extremamente difícil. Nada é fácil – nem o curso, o treinamento e, muito menos, as missões às quais eles serão submetidos no dia a dia, após a formação”, pontuou o comandante-geral do CBMAC, coronel Carlos Gundim.
A atividade se iniciou com 28 pessoas, incluindo militares do Exército Brasileiro, PM e bombeiros do Amazonas. Por ser extremamente exaustivo e pôr à prova aqueles que têm por objetivo concluir o Cmaut, que é considerado a qualificação profissional do Corpo de Bombeiros mais difícil de ser concluída, o nível de desistência é elevado.
Cmaut tem elevado índice de desistência
Apenas 15 concluíram a formação, sendo eles um PM, quatro bombeiros do Amazonas e dez do Acre. O soldado amazonense Alexsandro Moraes Aquino foi um dos que obteve êxito. “A luta foi muito grande. Primeiro ficar longe da família, pois o treinamento é duro. Aqui no Acre são treinados os melhores mergulhadores, visto que os rios daqui são muito difíceis, devido à falta de visibilidade”, disse.
A oferta desse treinamento visa contemplar profissionais da região do Vale do Juruá e Tarauacá/Envira e formar novos mergulhadores.
O curso tem por objetivo especializar bombeiros para desempenhar atividades, a fim de resgatar vítimas e bens materiais em rios e igarapés com profundidade máxima de 42 metros.