Os desafios enfrentados pelo Acre devido às enchentes motivaram a vinda de membros da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Em reunião neste sábado, 22, com a Chefe da Casa Civil Márcia Regina Pereira, Nazare Araujo Subchefe da casa civil, procuradores do Estado e membros da Defesa Civil Estadual, conheceram a realidade das operações de abastecimento de produtos às cidades e do socorro aos moradores de locais atingidos pelas cheias dos rios.
Entre os representantes está Elcio Alves Barbosa, diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) que reconhece a ameaça de desabastecimento vivida pelo estado nesse momento.
“Nós vimos que de fato a situação é grave, o risco de desabastecimento no estado está cada vez maior, vamos agora auxiliar na elaboração do plano para atender a contingência que surgiu devido às inundações”, explica o diretor do Cenad.
A chefe da Casa Civil destacou a importante disponibilidade de recursos por parte do governo Federal e também o reforço nas ações com o acompanhamento da Defesa Civil Nacional.
“Eles vão poder acompanhar todas as nossas dificuldades. Com essa sensibilidade, vão nos auxiliar no entendimento dos processos burocráticos e orientar na elaboração do plano de despesas que atenda exatamente a logística dos transportes e as mercadorias fundamentais pra manter o abastecimento da rede pública e também do setor privado”, afirma Márcia Regina.
Reflexos da Enchente
De acordo com dados da Defesa Civil Estadual, 11 municípios passaram por alagamentos: Assis Brasil, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Manoel Urbano, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.
A cheia do Rio Acre na capital atingiu 19 bairros, 5.812 pessoas foram encaminhadas para abrigos e outras 896 ficaram desalojadas.
Além das ações demandadas por Rio Branco, o estado ainda enfrenta a limitação de acesso via terrestre pela BR-364 que está fechada momentaneamente até que dois novos pontos de atracamento da balsa sejam construídos, sendo um pela Usina de Jirau e outro pelo governo do Estado do Acre.
No esforço de minimizar o impacto da diminuição da chegada de produtos ao estado, o governo tem fretado aeronaves e conta ainda, com vôos realizados pela Força Aérea Brasileira.