O Governo do Estado Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), reuniu-se com produtores rurais da Transacreana, na última sexta-feira, 10, na Escola Dalva de Oliveira, localizada na Vila Verde, km 58. O objetivo é ter um contato mais direto com a comunidade para tirar dúvidas sobre a atuação do órgão na região.
O encontro contou com a participação da deputada federal Mara Rocha (PSDB), do superintendente do Incra, Sérgio Bayum, e do coordenador de Ensino da Zona Rural da Secretaria de Educação, Cláudio Mota. O encontro foi coordenado pelo assessor do governo, Raimundo Souza.
Sérgio Bayum explicou que o Incra trabalha dentro da legalidade e que a liberação de recursos dependem de parecer técnico e jurídico. “Os recursos estiveram disponíveis até 31 de dezembro de 2019, mas o órgão executor, no caso o Deracre, desistiu devido à defasagem dos valores, o que tornaria a execução da obra quase que inexequível, já que não seria possível aditivar os contratos”, disse Bayum.
O superintendente afirmou ainda que a aplicação dos referidos recursos vem sendo discutida desde 2014, um período anterior à sua gestão e, devido ao tempo decorrido, a verba tornou-se curta. Ao receber reivindicações sobre a emissão de título definitivo para um ramal onde só há chácara, ele comprometeu-se em dar uma solução para o caso.
Na sequência o presidente do Deracre, Ronan Fonseca, fez uso da palavra, falando como seria a atuação do órgão que tem como meta a melhoria de 400 km de ramais.
Quanto à devolução dos recursos, Ronan Fonseca alegou que “antes de ser presidente do Deracre era empreiteiro, por isso tem experiência em gerir recursos públicos e sabe que com pouquíssimo dinheiro fica impossível construir”. “O estado não tem como dar contrapartida, já que é uma obra do governo federal em projeto de assentamento”, explica.
Questionada sobre a situação dos ramais e pontes, a deputada federal Mara Rocha foi enfática em afirmar que os ramais e as pontes não ficaram ruins a partir dia 1º de janeiro de 2019, mas bem antes do atual governo assumir. Ela afirmou que conseguiu R$ 20 milhões e meio em emenda para aquisição de equipamentos pelo Deracre.
Mara Rocha disse que o governador Gladson Cameli pegou o governo com muitas dívidas. “Pessoas comentaram que estão desde 2008 sem melhorias nos ramais e eu, particularmente, conheço pessoas que há 16 anos não recebem melhorias”.
“Os ramais não ficaram ruins a partir de primeiro de janeiro do ano passado. O governo vem trabalhando, toda a bancada federal está unida, está voltada sim para a melhoria do Estado do Acre. Acredito que será um ano muito produtivo, porque virão as emendas dos parlamentares. Eu destinei 20 milhões e meio em emendas para o Deracre porque o órgão não tinha máquinas. Tirando as emendas que focamos na saúde, o restante foi para a zona rural, com construção de pontes, compra de máquinas e passagens de água. Eu acredito que foi muito tempo para chegar nesse estado de depreciação que estamos e acredito que 2020 é um recomeço”.