O Governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Associação Florestas com Abelha e a Universidade Federal do Acre (Ufac), oferecem à 23 detentos do Sistema Penitenciário uma capacitação sobre a criação de abelhas e produção de mel.
As orientações são realizadas no Núcleo de Capacitação Profissional em Tecnologias e Usinagem em Madeira do Iapen, durante o período de 25 a 29 de novembro, perfazendo uma carga horária de 24 horas. O principal objetivo é instruir os reeducandos sobre a criação de abelhas para trabalhar a produção de mel nas dependências do Complexo Penitenciário de Rio Branco.
A gerente de trabalho, Dalvani Azevedo, explicou que o curso atual como uma válvula de escape também para os presos que não tem nenhuma profissão. “Nós vemos que para criar abelhas não precisamos de um grande espaço, apenas de um ambiente arborizado, o que facilita o cultivo do mel”, disse.
Macário Martins Bezerra, está preso há mais de dois anos e afirmou encarar o curso como uma oportunidade de ressocialização. “Quanto mais a gente aprender, mais oportunidades, cursos, isso abre um leque para quando a gente sair ter mais chances. Quanto mais oportunidades a gente tem, a gente se sente muito mais capacitado”, destacou.
Para a representante da Emater, Maria Edna Costa, além da ressocialização, é possível enxergar possibilidades de negócios. “Vemos que, logo que eles saírem daqui poderão atuar nessa profissão, com confecção de caixas e criação de abelhas. A gente tem percebido nessa manhã que eles estão empolgados e isso nos leva a crer que o curso veio na hora certa, porque eles estão absorvendo muito bem o assunto e estão participando”, afirmou
De acordo com o professor do curso, Rui Peruquetti, a capacitação se trata de conversas com a intenção de despertar o interesse dos presos para a importância das abelhas e a possibilidade de produção de mel. “Vamos falar sobre a parte básica da biologia de abelhas, a produção e como que essas culturas podem ser mantidas. É muito mais uma conversa informativa do que um curso de fato”, ressaltou.