Com pinturas, cartazes, músicas, poesias e tenda de livre expressão artística, o movimento que surgiu a partir de 1987 em prol da luta antimanicomial realizou nesta sexta-feira, 18, na praça da Biblioteca Pública.
“A ação trata-se de um ato público em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial, que visa uma reformulação das políticas públicas para garantir um melhor atendimento às pessoas com transtornos mentais ou que fazem o uso abusivo de álcool e outras drogas”, explica a gerente da Divisão de Saúde Mental da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre), Marcia Aurélia Pinto.
Participaram do ato, representantes das instituições de ensino como, estudantes e professores de psicologia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Uninorte e FAAO, Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA).
O que o movimento defende
O Movimento da Luta Antimanicomial busca assegurar os direitos das pessoas com sofrimento mental. Um dos temas é o combate ao isolamento compulsório de pessoas que possuem algum sofrimento mental, obrigando-as a submeter-se a tratamentos, com base no preconceito sobre doença mental.
A ideia é fazer com que a população lembre dos direitos fundamentais de liberdade e de viver em sociedade, assim como o direito de receber cuidados e tratamentos médicos sem que seja tirado o direito de ir e vir, ou seja, seu lugar como cidadão.
A luta propõe uma mudança progressiva dos hospitais psiquiátricos tradicionais substituindo por formas de tratamento e atendimento, mas abertos que assegurem um cuidado mais adequado e diversificado para atender de acordo com a necessidade do sofrimento de cada indivíduo.
“Essa mudança vai permitir que esses indivíduos possam sair do modelo hospitalar e entrem em um modelo de atenção em liberdade com vários dispositivos na rede envolvem a saúde, educação a cultura o lazer”, destaca Marcia Aurélia.