Em janeiro de 1974, Anselmo de Araújo, 60, efetuou sua primeira doação de sangue para ajudar uma mulher que passara por um aborto espontâneo. A doação foi feita na Maternidade Bárbara Heliodora. Desde então, ele doa sangue regularmente.
“Nunca me senti mal ou tive problema de saúde por doar sangue. Ao contrário, sinto-me bem disposto e renovado cada vez que compareço ao Hemocentro – em média duas a três vezes ao ano”, complementou.
Para incentivar que mais pessoas façam como Araújo e ajudem a salvar vidas, foi criado o Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado em 14 de junho. Em Rio Branco, a data foi comemorada na sexta-feira, 12, com um café da manhã oferecido pela direção do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre).
“É uma maneira também de sensibilizar nossos doadores cadastrados, mas que estão inativos, para que voltem a doar sangue, e chamar os que ainda não doaram para se tornarem parte do grupo”, acrescentou Marlice Aquino, gerente de captação da unidade.
Foram parceiros na homenagem o grupo da Embaixada de Ativistas pela Paz e alunos do Colégio Estadual José Rodrigues Leite, que colaboram com campanhas de conscientização da população para a doação de sangue.
Muitos cadastrados, poucos fidelizados
Atualmente, o Hemoacre conta com pouco mais de quatro mil doadores ativos, o que gera algo superior a 900 doações por mês. Para atender toda a demanda hospitalar de Rio Branco e de outros municípios, seriam necessárias 40 doações diárias.
A gerente de captação Marlice Aquino falou sobre a dificuldade de manter a fidelização dos doadores. “Nosso banco de dados possui mais de 70 mil doadores cadastrados, mas não conseguimos fazer uma busca ativa eficiente, pois muitas pessoas não buscam atualizar seus dados cadastrais junto ao hemocentro, o que dificulta o contato. Além disso, alguns doam apenas uma vez e não voltam mais”, reclamou.