Em maio de 1987, os participantes do Congresso Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental, realizado em Bauru, no estado de São Paulo, promoveram uma passeata. Era a primeira manifestação pública em defesa da extinção dos hospitais psiquiátricos.
O dia 18 foi escolhido como o marco deste movimento, que culminou com a criação do Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A data simboliza especialmente a reafirmação do direito do paciente a um tratamento público digno e integral, por meio da substituição dos hospitais psiquiátricos por serviços que ofereçam aos usuários autonomia, identidade e liberdade de expressão.
Avanços na Reforma Psiquiátrica no Acre
O Acre aderiu à implantação de vários projetos de saúde mental, do Ministério da Saúde (MS), a partir de 2002, quando foi implantado o primeiro Centro de Atenção Psicossocial (Caps AD II) do estado, em Rio Branco, depois transformado em CAPS AD III,com atendimento 24horas, em 2013.Em 2004, ocorreu a Implantação do Caps AD II, em Cruzeiro do Sul.
“O Estado vem prestando, desde 2013, assessoria aos municípios de Acrelândia, Brasileia, Epitaciolândia, Mâncio Lima e Sena Madureira para implantação de CAPS I, os quais já receberam recursos do Ministério da Saúde para equipar este ponto de atenção”, explica Sandra Ortiz, assessora técnica da Divisão de Saúde Mental da Sesacre.
Os avanços obtidos ao longo dos anos na luta antimanicomial tem levado a sociedade para uma mudança real e abrangente no tratamento dos pacientes com transtorno mental. “Os pontos de atenção à saúde proporcionam ao paciente livre acesso a um tratamento humanizado, sem exclusão social, o que é essencial para obter resultados positivos”, finaliza Sandra Ortiz.