Comemorado internacionalmente no dia 1° de maio, o Dia do Trabalho teve sua origem no ano de 1886, na industrializada cidade de Chicago, quando milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias.
No Brasil, o feriado é comemorado desde 1925, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.
Para o dicionário, a palavra trabalho significa um conjunto de atividades realizadas por alguém para alcançar um determinado fim ou propósito. Para o trabalhador, além do feriado para o descanso merecido, é também um momento de reflexão sobre as conquistas profissionais diárias.
O primeiro emprego
Gleici Damasceno, 19, é estudante de Serviço Social e acabou de ingressar no mercado de trabalho. Para ela, ter uma profissão com registro em carteira traz sensação de segurança e garantia dos seus direitos como trabalhadora. “Recebi minha CTPS há pouco tempo e fiquei emocionada. Daqui para frente, vou me dedicar para ser uma excelente profissional e me destacar no mercado”, disse.
Não quer parar
O requerimento de aposentadoria está na gaveta, e vai permanecer por mais um tempo, é o que afirma o servidor público Messias dos Santos. Com 60 anos de idade, 40 dos quais dedicados à Secretaria de Comunicação do Estado do Acre, e ele não se imagina longe da correria do dia a dia do serviço público.
“Não estou preparado para ser um aposentado, eu gosto do que faço. A ideia de ficar em casa, sem cumprir minha rotina diária, não me agrada. Não conseguiria ficar sem obrigações. Trabalho porque gosto, e vou até o dia em que puder desempenhar minhas funções”, declara.
De aprendiz a chefe
Antes de ser aluno do antigo Colégio Agrícola, atual Escola da Floresta Roberval Cardoso, localizada no km 20 da Estrada Transacreana, Francisco de Assis, 40, trabalhou como peão em fazendas, cobrador de ônibus e motorista de caminhão, até ter a oportunidade de se profissionalizar.
Assis estudou e se formou em Técnico em Agropecuária e conseguiu seu primeiro emprego formal – era mediador dos cursos da Escola da Floresta. Hoje, pós-graduado em ecologia, após percorrer um longo caminho dentro do serviço público estadual, o que, segundo ele, trouxe aprendizado, assumiu a coordenação geral da instituição, função que exerce até hoje.
Morador de Porto Acre, desde 2005 percorre todos os dias 144 km para chegar ao trabalho. Mesmo assim, considera-se realizado profissionalmente.
“Eu posso dizer que hoje, depois de tudo que passei para chegar até aqui, sou realizado profissionalmente. Venho trabalhar todos os dias com a sensação de que aqui é meu lugar.”