Visando a seguridade animal e vegetal, órgãos da Bolívia, Peru e Brasil realizaram reuniões em Brasileia e Assis Brasil, ao longo desda semana para estabelecer acordos entre as partes. A intenção das instituições é reforçar a fiscalização na fronteira, promover atividades conjuntas, trocar informações e intensificar os serviços realizados pelas defesas sanitárias.
Durante os encontros foi definido uma faixa de 15 quilômetros para atuação conjunta, além de troca de informações cadastrais das propriedades. E também a pactuação de protocolos de procedimentos a serem executados referentes aos programas sanitários em cada país envolvido.
“Essas reuniões tri-nacionais tratam principalmente das questões da febre aftosa, das parcerias e das interações técnico-científicas, além dos cadastros das propriedades localizadas nas fronteiras”, disse Mário César de Araújo, gerente de defesa sanitária animal do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf). São cerca de dois mil quilômetros separando o Brasil, pelo Acre, da Bolívia e do Peru e mais de quatro mil propriedades rurais.
Em outro encontro, Ronaldo Queiroz, diretor-presidente do Idaf, tratou junto a outros organismos sobre o combate ao trânsito clandestino de produtos e subprodutos animais e vegetais entre os países; capacitação dos piscicultores de Pando, na Bolívia e o diálogo com a Senasag (serviço boliviano de inspeção agropecuária) em relação à habilitação do frigorífico Dom Porquito, para exportação da carne e derivados de suínos.
“O objetivo é unificar os serviços de inspeção e defesa agropecuária, no combate ao trânsito ilegal de produtos e subprodutos animais e vegetais”, afirmou Queiroz. Com isso, garantir que nenhum animal ou produto contrabandeado migre de um país a outro e coloque em risco a saúde da população.