O governador em exercício do Acre, Major Rocha, participou nesta quarta-feira, 17, por meio de videoconferência, da reunião do Fórum de Governadores do Brasil com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Na ocasião estava presente o secretário Estadual de Saúde, Alysson Bestene.
Na pauta, a divulgação, por parte do governo federal, do cronograma de entrega de vacinas contra o coronavírus pelo menos até o mês de abril. Foi tratado ainda sobre o pagamento da UTIs em atividade desde o mês de janeiro.
A preocupação dos gestores estaduais é quanto à distribuição dos imunizantes feita pelo Ministério da Saúde. O país tem até o momento duas vacinas registradas. A CoronaVac, desenvolvida na China e produzida no Instituto Butantan, e a de Oxford/AstraZeneca, produzida na Fiocruz.
“Já passamos de 239 mil mortes e esse número só vem aumentando. No Acre, já atingimos 100% de ocupação dos leitos de UTI e, proporcionalmente falando, poderemos ter um colapso maior do que ocorreu no Amazonas. Falamos sobre como andam as tratativas para a aprovação, autorização, aquisição e chegada de novas vacinas. O governo federal tem sido essencial para o Acre desde do início da pandemia. Agradecemos o apoio dado até aqui e seguimos ainda dependentes de muita ajuda”, enfatizou Rocha.
Eduardo Pazuello apresentou rapidamente como estão as questões de aquisição de vacinas, bem como o processo de aprovação e contratação de novos imunizantes. Sobre as UTIs, o ministro afirmou que os pagamentos estão sendo concluídos, nesta quarta-feira.
Surto de dengue, enchentes e imigrantes ilegais
Major Rocha explanou ainda sobre outros problemas que o Acre está enfrentando: surto de dengue, cheia dos rios, que têm atingido vários municípios e a situação preocupante dos imigrantes que tentam cruzar a fronteira do Brasil com o Peru, pela cidade de Assis Brasil. O governador em exercício solicitou ajuda ao governo federal no tocante a um apoio da Força Nacional do SUS.
“O Acre vive o pior momento dessa pandemia; pra somar, temos também, em vários municípios, um surto forte de dengue e, se não bastasse isso tudo, temos um problema que em nossa região é rotineiro, as cheias dos rios, com a necessidade de alojarmos as famílias atingidas em abrigos, o que vai certamente agravar a situação da disseminação da Covid-19. Também temos uma crise instalada na fronteira do estado, que é a presença de imigrantes que estão entrando em nossas fronteiras por rotas clandestinas e sem nenhum tipo de controle sanitário. Nesse momento é preciso que se tenha um olhar diferenciado para o Acre e se repense na situação de distribuição dessas vacinas”, destacou o governador em exercício.
Eduardo Pazuello afirmou que equipes de três secretarias nacionais do Ministério da Saúde, que são as Secretarias de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atendimento Especializado e Secretaria de Atendimento Primário estão no Acre para conferir a situação e ajudar a fazer as coordenações e definir as demandas.
“Vocês podem ter a certeza que estamos atentos e vamos ajudar no que for necessário”, disse Pazuello.