Desde o dia 18 de maio, Dia Nacional ao Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, quem passa pela avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade pode ver o Palácio Rio Branco iluminado com a cor laranja.
Esta é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio do Gabinete da Primeira-Dama e da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Politicas para as Mulheres, para enfatizar o Maio Laranja. Durante todo o mês, o Palácio estará iluminado na cor laranja.
O Maio Laranja foi inspirado na cor da gérbera, uma flor muito conhecida no Brasil que simboliza a fragilidade e vulnerabilidade da criança.
O objetivo da ação é destacar a importância de conscientização sobre o tema, pois nesse período de distanciamento social, crianças e adolescentes podem ser vítimas de abuso e exploração sexual, convivendo até mesmo com o seu abusador.
“Queremos sensibilizar e informar nossa população sobre o tema que é tão real e traz tanta dor para nossas crianças e adolescentes. Convoco nosso estado a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Precisamos garantir os direitos deles”, ressaltou a primeira-dama, Ana Paula Cameli.
No Brasil, o abuso e a exploração sexual é o quarto crime mais cometido contra crianças e jovens, a maioria dos casos é praticado contra o público feminino. Geralmente a vítima sofre calada, quieta, envergonhada. Muitas vezes, as vítimas são ameaçadas por seus agressores que, na maioria dos casos, convive com elas de forma muito próxima no ambiente familiar.
“Portanto, se você desconfiar ou perceber algum caso, não silencie. Converse com a criança, interaja. E se você tiver certeza, não se cale, denuncie. Disque 100”, instruiu a primeira-dama.
No Acre, de acordo com as estatísticas da 2ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Rio Branco, atualmente há 333 processos de estupro de vulnerável em andamento.
Para a secretária de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres, Ana Paula Lima, é necessário que haja uma conscientização de que o abuso e a exploração sexual podem acontecer das formas mais perversas e os adultos devem proteger de todas as formas crianças e adolescentes dessa violência.
“Chamo atenção sobre a importância da participação dos pais na vida cotidiana dos filhos. Hoje nossas crianças e adolescentes têm livre acesso à internet, devemos ficar atentos pois o abuso não necessariamente acontece com o contato físico. O abuso pode acontecer através da internet quando muitas vezes a criança ou adolescente é obrigada, por exemplo, a expor seu corpo pela webcam, quando ela tem acesso à indústria pornográfica”, evidenciou.