O senador Jorge Viana fez nesta quarta-feira, 9, em Brasília, pronunciamento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado reivindicando a união de forças nacionais no combate ao crime organizado que promove, no Acre e em outras regiões da federação, ataques contra patrimônios e execuções.
Jorge destacou que o crime organizado deixou de concentrar-se apenas no eixo Rio-São Paulo e está expandindo-se para o Norte e Nordeste para controlar não apenas o tráfico de drogas, mas também a venda e comercialização, aproximando-se das regiões produtoras de drogas.
O parlamentar destacou que os ataques registrados no estado, na última semana, ocorreram porque o governo do Estado bloqueou os sinais de celulares nos presídios de Rio Branco. O fato coincidiu com o período que ele esteve fazendo visitas às regiões de fronteira do Acre e aldeias.
“Em três dias que fiquei sem contato telefônico, houve uma ação perversa do crime organizado queimando ônibus, incendiando espaços que preparam alimentos para o sistema prisional, uma barbaridade”, afirmou o senador.
Ele destacou ainda que o governador Tião Viana tem atuado com firmeza no combate às organizações criminosas. Contudo, ressaltou que este não é tema que deve ser tratado apenas na esfera estadual. “É um problema de todos nós, do Brasil inteiro, é de toda sociedade”, frisou.
Diante da situação, o senador acreano propôs ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) puxar para si questões fundamentais envolvendo segurança, o combate à violência para que atitudes concretas sejam tomadas em âmbito nacional. Ele lembrou que quando exerceu mandato de governador, o Acre estava refém do crime organizado, mas o Estado venceu o crime organizado porque houve uma ação conjunta de todas as instituições.
“Estamos numa área de fronteira. Eu proponho aqui ou chamamos o Exército nas áreas de fronteira para estar na retaguarda das barreiras nas estradas, nos rios, procurando combater tráfico de armas e de drogas, ou então nós vamos seguir nessa marcha da insensatez e da violência que hoje é um dos temas mais graves do Brasil”, concluiu Viana.