O governador do Acre, Tião Viana, concedeu entrevista exclusiva ao programa Gazeta Entrevista, na noite desta terça-feira, 11, quando reafirmou o compromisso de luta pela superação do Acre em um dos seus momentos mais marcantes. O bate-papo foi desde o desastre ambiental causado pela cheia do Rio Madeira, em Rondônia, até os investimentos econômicos que devem gerar emprego e renda para o estado.
Rio Madeira e Rio Acre – “Esse é um dos maiores desafios que o Acre já enfrentou”, disse o governador. Ele lembrou o trabalho em conjunto com a prefeitura de Rio Branco, em que o prefeito Marcus Alexandre tem garantido todo o apoio aos desabrigados, e a atuação do governo do Estado, que tem cuidado para que o Acre não fique desabastecido por conta da inundação de um trecho da BR-364.
O governador reforçou que os abrigos são locais de harmonia e solidariedade, com a oferta de assistência social e médica 24 horas por dia. Ele se diz preocupado, ainda, sobre o comportamento da população ao estocar alimentos, álcool, gasolina e diesel, e ressalta que 35 dos 53 postos de Rio Branco estão abastecidos com combustível trazido de Cruzeiro do Sul.
“Por meio de balsas, oito mil toneladas de alimentos, combustíveis e asfalto começam a sair de Manaus [capital do Amazonas] em direção ao Acre. A presidente Dilma ligou e reforçou apoio ao Estado, garantindo tudo o que precisarmos”, disse.
Moradias – Tião Viana destacou que a atual gestão já entregou 5,6 mil moradias. E, em breve, mais de três mil casas serão ofertadas na primeira etapa do programa habitacional Cidade do Povo, e outras 600 habitações indígenas ainda serão levantadas.
Emprego e renda – Com investimentos de mais de três milhões de mudas de açaí, uma empresa se prepara para se instalar na Zona de Processamento de Exportação (ZPE), a fim de explorar o potencial local. O governador lembrou que a agroindustrialização do Estado caminha a passos sólidos e que a piscicultura e suinocultura poderão colocar o Acre como referência no setor.
O governador também criticou o aumento de preços no mercado acreano, durante o isolamento causado pelo Rio Madeira, e convocou a população para denunciar abusos, como no caso do aumento de preços praticado inadequadamente.