Aproximadamente sete mil pessoas com hepatites C, B e D são acompanhadas pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco. No SAE, os pacientes recebem tratamento e estrutura de exames, além de acompanhamento psicológico, social e médico multidisciplinar.
As hepatites virais são consideradas um problema de saúde pública que exige medidas continuadas de mobilização, prevenção, capacitação e troca de informações. A doença é a inflamação do fígado e pode ser causada por vírus, uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, por exemplo.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que um terço da população mundial foi infectado pelos vírus das hepatites. A partir de iniciativa e propostas brasileiras, a OMS instituiu, em 2010, a data 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.
Em alusão a data, durante esta semana, os municípios acreanos realizarão campanha de mobilização para incentivar a população a fazer o teste rápido.
Neste ano, o objetivo é identificar possíveis portadores da hepatite C. A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) estará disponibilizando os kits e insumos aos municípios para fazer os testes, assim como material educativo e informativo sobre a transmissão e a prevenção da doença.
“Nosso objetivo é identificar possíveis portadores de hepatites C, para que possam começar o tratamento ainda no início da infecção. Quanto antes for diagnosticada a doença, mais fácil será o tratamento”, informou Nelson Guedes, gerente da Divisão de Doenças Sexualmente Transmissível (DST/Aids) da Sesacre.
À espera de um transplante
Um paciente, que prefere não ser identificado, é portador de hepatite C. Ele descobriu que tinha a doença em 2012, quando fazia uma consulta de rotina. “Fiquei surpreso com o resultado, pois eu não sentia nada. Até cheguei a duvidar que estivesse com essa doença”, comenta.
O paciente lembra que foi encaminhado ao SAE, onde foram solicitados novos exames para confirmar o diagnóstico. Nos exames, detectou-se uma cirrose hepática, sendo necessário um transplante, pois seu fígado funciona com apenas 46% da capacidade.
“Estou há dois anos na fila para transplante. Enquanto não consigo um doador compatível, faço acompanhamento médico no SAE, onde sou bem atendido e recebo meus remédios”, declara.