Com 54 anos de tradição, a Miragina é a mais antiga indústria de alimentos em funcionamento no estado. Nesta terça-feira, 30, o governador Gladson Cameli conheceu as instalações da fábrica, em Rio Branco, e acompanhou todo o processo de produção dos famosos biscoitos, que fazem parte do dia a dia dos acreanos.
Os empresários José Luiz Felício e Abrahão Felício conduziram a visita. Na oportunidade, foi apresentado ao governador o mais novo lançamento da casa, a bolacha Mira, que se junta aos demais produtos de sucesso em vendas da Miragina.
Para Gladson Cameli, o empreendimento é um grande exemplo a ser seguido. O gestor destacou a ousadia da família Felício e falou da relevante contribuição da indústria com o desenvolvimento do Acre há mais de meio século.
“Todo acreano consome os produtos ou, pelo menos, já ouviu falar da Miragina. Isso demonstra a força dessa marca e serve de inspiração para as demais indústrias. O nosso governo tem procurado apoiar a iniciativa privada, porque acreditamos em seu potencial para gerar emprego e renda”, argumentou.
Além de empresário, José Luiz Felício é o atual presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Alimentares do Acre (Sinpal-AC). De acordo com ele, a presença do governador é muito simbólica, pois demonstra o compromisso de Gladson com o fortalecimento da indústria acreana.
“Essa preocupação do governador em querer saber como estão as empresas acaba nos estimulando. O nosso desejo é que as indústrias locais cresçam cada vez mais e contar com o apoio do governo é sempre muito bom”, disse.
Gladson recebe demanda referente a indústria da castanha
Durante a visita, o governador recebeu o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Florestais Não Madeireiros (Sinpflonm), Eder Frank, e do tesoureiro Ary Rodrigues. A falta de competitividade da castanha produzida no Acre norteou a reunião.
Segundo Frank, a carga tributária cobrada pelo governo do Estado sobre a comercialização da oleaginosa é a mais alta da região Norte. “Enquanto Amazonas cobra 0%, Pará 2,4% e Rondônia 5%, o ICMS do Acre é 12%. O principal pedido ao governador é que esse percentual seja revisto e nos dê condições para que a nossa castanha tenha mais saída no mercado”, comentou.
Atualmente, nove indústrias de beneficiamento de castanha estão instaladas no estado. Juntas, são responsáveis pela geração de 510 empregos diretos. Por ano, o Acre produz cerca de 14 mil toneladas do produto. Diante da relevância econômica desta cadeia produtiva, Cameli assegurou prioridade para discutir o tema.
“A equipe econômica do governo já foi acionada no sentido que estude e busque alternativas sobre esse assunto. Nossos empresários não podem ser penalizados por conta da burocracia e estarei acompanhando de perto essa situação para que seja resolvida de uma vez por todas”, expôs.