A III Feira Panamazônia começa com boas perspectivas para o artesanato acreano já no primeiro dia, com o Encontro de Negócios realizado pelo Sebrae. O “Doutor da Borracha”, conhecido artesão acreano da Reserva Extrativista Chico Mendes, já vendeu produtos e recebeu encomendas. Sua enteada Sara Araújo Vítor, que expõe os produtos na feira, comemora: “Está tudo bem. Temos muitos produtos para vender. Alguns já foram escolhidos pelos lojistas e já estão separados”.
Destaque no Encontro de Negócios é a presença de cinco lojistas da Associação para o Comércio de Artesanato Brasileiro (AsCabras). O presidente da entidade, Marco Aurélio Saad Pulchério, diz que hoje são 20 empresas associadas, em seis estados. Para ele, a participação da AsCabras na feira é importante não apenas pela compra e venda, mas pela aproximação dos vendedores com os produtores de artesanato. “Consigo trazer com minha visão de comércio, de mercado, sugestões para ajudar o artesão a fazer um produto mais aceitável pelo consumidor”. diz.
Segundo Pulchério, o “grande segredo” para a aceitação do artesanato no mercado é o acabamento. Ele aponta como exemplo as folhas feitas de látex na Comunidade do Seringal Cazumbá, no Rio Caeté. “É artesanato bem estruturado, bem acabado, e ainda traz informações, os projetos envolvidos; há todo um resultado de pesquisa para chegar a este produto.”
No atacado
Segundo Aldenor Maciel, gestor de artesanato do Sebrae, o objetivo do encontro de negócios é possibilitar que os artesãos acreanos possam passar a vender no atacado, e não apenas no varejo, como ocorre normalmente. A feira, realizada pelo governo do Estado, prefeitura e Sebrae, vai até o dia 14 e conta com 160 expositores, sendo artesãos das zonas rural e urbana de todos os municípios do Acre, de reservas extrativistas, terras indígenas e unidades de conservação.