A Escola Jovem integral Boa União, localizada no bairro de mesmo nome, na região da Baixada da Sobral, aprovou, apenas na primeira e segunda chamadas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), 27 dos 69 alunos das duas turmas de terceiros anos, o que representa um percentual de 39,13% de selecionados até agora.
Para a coordenadora de ensino da Escola, professora Cláudia Valente, a expectativa é que esse percentual ainda possa aumentar, uma vez que mais alunos aguardam ser chamados, ainda, na terceira e até na quarta chamada. “A meta que estabelecemos é que o percentual de aprovados supere os 50%”, disse.
Para se ter uma ideia do sucesso dos alunos e do modelo de ensino que representam as escolas integrais, há alunos selecionados para as mais diversas universidades e faculdades da nossa cidade, como o Ifac, Faao, Uninorte e para a própria Ufac.
Para a Ufac, por exemplo, há alunos aprovados para História, Física, Química e Medicina Veterinária. Para o Ifac há um aluno aprovado para Matemática. “O que devemos destacar, nesse caso, é que o aluno aprovado, o João Pereira, é autista, é nosso aluno desde o ensino fundamental e começou a se destacar a partir do modelo integral”, explica a professora.
Os alunos que foram selecionados para as faculdades particulares, a maioria conseguiu bolsas integrais. Há aprovados para Direito e Arquitetura na Faao, Odontologia na Uninorte, Inglês, Engenharia Civil e Análises de Sistemas na Pitágoras e Direito na Fameta.
A professora destaca que boa parte dos alunos estuda na escola Boa União desde o sexto ano do Ensino Fundamental II. Para ela, os alunos estão em uma região de alta vulnerabilidade social e que a escola, em certa medida, ajudou a comunidade escolar a superar limitações.
Cita o caso do aluno Thiago Luan, que ao entrar no ensino médio tinha muita dificuldade para aprender matemática, mas a partir do próprio esforço e ajuda de professores e coordenadores, conseguiu ser aprovado na primeira chamada para cursar Física na Ufac.
“São esses exemplos que nos movem e não tenho dúvida que o modelo de ensino integral ajuda esses jovens a serem protagonistas de suas próprias vidas. Esse modelo é um modelo que deu muito certo em nosso Estado”, finalizou a professora.