“Alergias respiratórias: seu impacto econômico e pessoal” é o tema definido pela Organização Mundial de Alergias (WAO, sigla em inglês) para a Semana Mundial de Alergia, que, neste ano, é lembrada de 13 a 19 de abril.
Os alergistas Juan Carlos Correa e Luciana Ferrel, integrantes da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), atendem no Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco. Segundo Correa, o tema tem por objetivo sensibilizar a sociedade, entidades e o governo a respeito do impacto econômico que as doenças respiratórias trazem aos envolvidos.
“Quem sofre com alergias, rinite e asma, por exemplo, não consegue trabalhar com toda sua capacidade. A doença tem um impacto direto na qualidade de vida da pessoa. O paciente tem que gastar dinheiro para comprar remédios, para se locomover aos locais de atendimento, o patrão fica no prejuízo em função da perda de produtividade do doente, e quando este não tem um bom controle da sua doença, o governo também perde recursos com atendimentos e medicamentos”, esclarece o especialista.
De acordo com o alergista, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece várias formas de intervenção da doença, como sprays e medicamentos via oral, tópicos nasais e inalatórios. “O SUS fornece medicamentos de primeira linha que podem oferecer uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, na maioria dos casos”, informa.
Região Norte possui clima propício para desenvolver alergias
Segundo Luciana Ferrel, o clima da Região Norte contribui para o agravamento dessas doenças respiratórias. “A umidade e a alta exposição ao ar-condicionado são alguns dos fatores que agravam doenças como rinite e asma. Às vezes, essas doenças são subjugadas, o paciente tem apenas uma rinite, que por falta de tratamento pode evoluir para uma asma”, disse.
Prevenção
A prevenção primária pode diminuir o impacto das doenças respiratórias nas crianças. Em relação às grávidas que possuem casos de doenças na família é importante tomar algumas precauções como:
– Evitar o uso de tabaco durante a gravidez;
– Optar pelo parto normal, quando possível;
– Aleitamento exclusivo da criança pelo menos até os seis meses de idade.
Tratamento
Asma e rinite são doenças crônicas, portanto incuráveis. O tratamento pode amenizar e estabilizar as doenças respiratórias, ou seja, pacientes que sofriam de crises muito graves podem conviver muito tempo sem a manifestação da doença, apenas com o tratamento adequado.
Na rede pública do Acre, o paciente é referenciado pelo clínico-geral de centros de saúde, postos de saúde, pronto-socorro e unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para receber o tratamento adequado pelos especialistas no HC de Rio Branco.