A saúde, como produção social de determinação múltipla e complexa, exige a participação ativa de todos os sujeitos envolvidos em sua produção: usuários, movimentos sociais, trabalhadores da saúde, gestores do setor sanitário e de outros setores; na análise e na formulação de ações que visem à melhoria da qualidade de vida. Por isso, nesta sexta-feira, 14, a equipe da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) reuniu-se com outras esferas do poder público, na Sala de Situação da coordenação regional de saúde no município de Cruzeiro do Sul para discutir estratégias de controle de doenças em alagação.
A sala de situação criada pela equipe da Sesacre em Cruzeiro do Sul é uma estrutura organizacional que tem como objetivo promover a resposta coordenada por meio da articulação da integração dos atores envolvidos. A sua estrutura permite a análise dos dados e das informações para a tomada de decisões dos gestores e técnicos, na definição de estratégias e ações adequadas e oportunas para o enfrentamento de potenciais Emergências em Saúde Pública (ESP).
Neste encontro, atores da Defesa Civil e da Vigilância em Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e Vigidesastre foram peças chaves para a consolidação de um trabalho cujo objetivo é assistir famílias atingidas pela alagação que começa assolar a região do Juruá.
Através dessa equipe é possível mitigar os problemas na área de controle epidemiológico prevalentes neste período. São elas: Leptospirose, arboviroses, doenças respiratórias e outras. Visando minimizar os impactos à saúde humana, por meio de ações coordenadas é possível reduzir o número de doenças e seus agravantes.
Para Valéria Lima, secretária municipal de saúde, a parceria e o suporte ofertado pelo Estado é de fundamental importância para a melhoria na saúde da região.
“A sala de situação dispõe de uma metodologia para operar nesses momentos delicados. Prefeitura e Estado estão sempre buscando fornecer respostas satisfatórias às nossas famílias ribeirinhas”, pontuou.
“Nós da Vigidesastres estamos preparados para amparar as pessoas no tocante aos agravos de doenças que surgem nesse período de alagação”, destacou Regina Cavalcante, responsável pelo Vigidesastre no Acre.
Coordenada por Diani Carvalho, a equipe da Sesacre no Juruá, realizou também uma visita in loco com a equipe do Vigidesastres e Centro de Operações Especiais em Saúde (COES) para reconhecimento das áreas atingidas pela água.