Vacinas serão administradas em duas doses, com intervalo de 15 a 30 dias entre uma dose e outra
Prevista para iniciar a partir de março de 2021, a campanha de vacinação contra o coronavírus já começou a ser discutida na manhã desta terça-feira, 5, pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), que receberá do Ministério da Saúde (MS) 460 mil doses para imunização dos grupos prioritários. O governador Gladson Cameli também anunciou a aquisição de mais 700 mil doses pelo Estado.
As vacinas que serão enviadas pelo Ministério da Saúde serão para a imunização dos grupos de risco, que são: trabalhadores da saúde, pessoas acima de 60 anos, dividido por fases, além de indígenas, pessoas com comorbidades, forças de segurança e salvamento, trabalhadores da educação, pessoas com deficiências permanentes severas, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, transporte aéreo e portuários; e, ainda, população privada de liberdade e funcionários desse sistema, totalizando cerca de 230.773 mil pessoas.
Já as 700 mil doses que serão adquiridas pelo Estado serão utilizadas para vacinar pessoas de 20 a 59 anos. Para que a vacinação ocorra de forma segura e organizada, os profissionais da saúde de todos os municípios acreanos passarão, desde agora, por capacitação e treinamento, além da criação de estratégias específicas de vacinação em cada cidade.
Rede de Frio estruturada
Desde 2019, o governo já vinha investindo na organização da distribuição de vacinas e, em 2020, na ampliação da Rede de Frio com a aquisição de refrigeradores modernos, que já são suficientes para armazenar a vacina contra o coronavírus. Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Estado, Renata Quiles, até o final de janeiro de 2021 o Acre passará a ser porte 2, com o término da instalação da câmara fria, que tem capacidade para armazenar 136 mil doses de vacinas.
“Sairemos de uma capacidade de armazenamento de doses de vacina de 600 mil para 1,6 milhão de doses. A gente vai ficar com uma estrutura muito bem definida que ficará após a pandemia da Covid-19”, explicou Renata Quiles.
Com isso, o Estado poderá receber ainda mais doses das outras vacinas, facilitando as logísticas de imunização. “Esse investimento vem só para melhorar a nossa Rede de Frio no estado”, destacou a coordenadora do PNI.
Equipes técnicas preparadas
Por se tratar de uma vacina nova, a população fica receosa quanto aos efeitos colaterais, mas de acordo com a coordenadora do PNI, Renata Quiles, as equipes estarão preparadas para lidar com possíveis reações adversas.
“É esperado que eventos adversos possam surgir, mas a gente tem hoje uma equipe técnica bem estruturada e capacitada para conduzir as investigações e vamos estender o treinamento aos municípios e vacinadores”, explicou Renata Quiles.
O Plano Estadual de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 é organizado baseando-se em 8 diretrizes: avaliação da situação epidemiológica e definição da população-alvo para vacinação, capacitação e treinamento de profissionais, estrutura, cadeia de frio e recursos disponíveis, vacinas Covid-19, farmacovigilância, sistema de informações, operacionalização para vacinação e monitoramento, supervisão e avaliação.
Na próxima semana, as equipes da Sesacre se reunirão com representantes da saúde dos municípios para tratar sobre a logística da vacinação contra Covid-19.