As mulheres vêm conquistando gradativamente seu espaço na sociedade, e no trânsito não é diferente. Dirigindo carros, motos ou até transportando crianças em vans escolares e conduzindo transporte coletivo, tudo isso agregado à multiplicidade de papéis que tradicionalmente já lhe cabem: ser esposa, mãe e dona de casa.
No Acre, é cada vez maior o número de mulheres que tiram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Porém, apesar do aumento de 9,49% em 2013 na procura feminina para adquirir a CNH, elas representam apenas 31% dos condutores do Estado. Ainda assim, as estatísticas comprovam que, proporcionalmente, o número de infrações cometidas pelas mulheres no trânsito é menor que o dos homens.
Dados do Departamento de Trânsito (Detran) mostram que, em 2013, dos condutores envolvidos em acidentes de trânsito com vítimas, as mulheres representam 17% desse total. Os números mostram ainda que, quando se trata de acidentes de trânsito sem vítima, apenas 20% desse valor está associado às mulheres.
Segundo a diretora-geral do Detran, Sawana Carvalho, na contramão do clássico preconceito contra as mulheres, estão os dados oficiais a favor delas. “A sensibilidade da mulher é um diferencial para todas as atividades que ela propõe desempenhar, inclusive conduzir um veículo. A mulher tende a respeitar mais as leis, ser mais prudente e cautelosa”, ressalta.
Dessa maneira, por demonstrar serem mais cuidadosas ao volante, elas acabam pagando até 30% menos em relação aos homens nas apólices de seguro feitas por empresas privadas. A professora e servidora pública Kelly Lira, habilitada há 11 anos, acredita que a mulher é mais atenta no trânsito. “No trânsito todo mundo está sujeito a um momento de distração, mas o fato é que a mulher é, sim, mais educada e ponderada na hora de dirigir”, disse.