Com capacidade de produção de até 1.500 toneladas mensais, a fábrica de ração do Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia S.A. completou um ano de operação em março deste ano. No momento, essa capacidade é alcançada em um turno de funcionamento, e metade da produção do empreendimento tem foco na exportação, principalmente para o estado de Rondônia.
De acordo com o gerente de operações, Ricardo Mandotti, com a implantação da fábrica o Acre passou da condição de consumidor à de produtor. “Antes nós só comprávamos, agora exportamos, e isso representa um grande avanço para o estado”, declara.
Semanalmente, cerca de quatro bitrens saem carregados para Rondônia. A outra parte da comercialização fica por conta das cooperativas de produtores do estado. Com equipamentos modernos e máquinas importadas com sistema de automação, o empreendimento já empregou dezenas de famílias.
Como conta Mandotti, no início eram apenas dez funcionários, ao passo que hoje já são 32 empregos diretos gerados. “O maior ganho que vejo em tudo isso é o crescimento profissional e pessoal das pessoas. A maioria delas não tinha conhecimento algum sobre esse tipo de operação e, mesmo assim, conseguiu se superar e crescer na empresa”, acrescentou.
Prova disso é Odilene Viana, 26 anos. Moradora do quilômetro 40 da BR-364 – próximo à Peixes da Amazônia -, ela é uma das primeiras contratadas pela empresa. Depois de passar por serviços gerais, foi convidada a assumir o Controle de Qualidade da fábrica.
Odilene, que também tem uma irmã contratada pelo frigorífico da Peixes, relata a importância da indústria para as famílias da região: “Para ajudar meu marido, antes eu trabalhava na roça e pegava pesado na colônia. Depois a gente se mudou para uma fazenda onde meu esposo trabalha, foi quando passei a só cuidar de casa. Quando passava pela frente do complexo, sempre pensava que era aqui que eu queria trabalhar. Com certeza, todo mundo dessa região ganhou muito com essa empresa aqui”.
Ao falar de sonhos, a jovem afirmou já ter realizado um deles com seu emprego: “Com minha renda consegui comprar meu carro, uma conquista da família”, comemorou.