As famílias contempladas com casas da primeira etapa da Cidade do Povo ainda estão em processo de mudança para a nova moradia. Nesta segunda-feira, 26, o Corpo de Bombeiros está auxiliando na transição de famílias do bairro Preventório. A atividade conta ainda com o apoio do caminhão da Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar( Seaprof) para a mudança e a mobilização é realizada pelas equipes da Secretaria de Estado de Articulação Institucional (SAI) e Secretaria de Estado de Habitação (Sehab).
O coordenador do Núcleo de Articulação dos Movimentos Sociais da SAI, James Mendonça, explica que a previsão é que sejam realizadas as mudanças de dez famílias desta localidade. “Logo que o Corpo de Bombeiros e a família esvaziam a casa, ela é derrubada em seguida pela equipe de apoio da prefeitura. Uma providência para que as áreas de risco sejam evacuadas”.
A terceira casa que foi derrubada nesta manhã é a da Maria Antônia da Silva. Uma jovem mãe, com 24 anos e um filho de três meses, o Gabriel. Junto ao seu marido, residem no fim de um barranco no Preventório, um local de difícil acesso, por isso, para enfrentar as subidas e descidas na lama são usados os trapiches e escadarias. Um desafio para os colaboradores que fizeram o trajeto várias vezes ao dia para encaminhar essas famílias para uma nova fase de vida.
O destino da mudança de Maria Antônia é a casa 8, quadra P da Cidade do Povo. O seu marido está desempregado e arrumava os objetos falando de sua expectativa para a adaptação na nova casa. Já a mãe do Gabriel explica que é uma melhoria de qualidade de vida: “Aqui, como é perto do rio, tem muito mato e tem muito animal peçonhento, além de muito carapanã, que judiava do meu filho e minha casa tá cheia de cupim, toda torta”, afirma.
As vizinhas também ajudavam a reunir a mudança e contam que estão inscritas para ir para a Cidade do Povo e por isso ansiosas em ser as próximas contempladas. “Aqui, até para tirar o cartão do Bolsa Família eu tive que pedir o endereço e comprovante dos outros, porque aqui não tem endereço. E é assim: dificuldade em tudo”, afirma a vizinha, Raimunda Silva, “por isso acho que ter uma casa lá vai ser muito melhor”, conclui.