A 14ª edição do Fórum de Governadores da Amazônia Legal teve início nesta quinta-feira, 4, e está tratando temas importantes para os estados. Segurança, comunicação, desenvolvimento e meio ambiente tomam conta dos debates com gestores, técnicos e procuradores do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Roraima, Tocantins e Rondônia.
O Acre enviou representantes para debater assuntos relacionados ao fortalecimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), criação do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e da política regional de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Ambiental (REDD).
O secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, destacou os avanços que as equipes acreanas alcançaram no CAR. O processo foi finalizado e agora segue para implantação do PRA, que prevê uma série de medidas a serem adotadas por quem ultrapassou a cota de desmatamento.
“Nós conseguimos reunir quase 50 mil propriedades do Cadastro Ambiental Rural nos 22 municípios acreanos. A partir de agora, vamos analisar se há passivos ou não. Aqueles que tiverem terão que plantar e recuperar as áreas. Para isso o governo já oferece alternativas”, disse Edegard de Deus.
O Acre é um dos estados pioneiros na implantação das políticas de redução de gases, devastação e degradação.
Magaly Medeiros, diretora-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas, lembrou que o governo tem uma preocupação com as comunidades tradicionais e povos indígenas, por isso investe nesse tipo de iniciativa.
“Fazemos um enorme esforço para manter as florestas em pé, salvaguardando o modo de vida dessas comunidades que detêm florestas. As parcerias para desenvolver as políticas de REDD na região são fundamentais. Temos tentado estabelecer relações com organismos internacionais que possam nos auxiliar nesse processo”, disse.
Durante o encontro, os representantes dos estados e do governo federal já deixaram marcadas duas reuniões para o fim dos meses de maio e junho.
O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Acre, Dande Tavares, avaliou como fundamental a discussão sobre preservação. “Estamos contando com a sensibilidade dos governadores e do Ministério do Meio Ambiente para que possamos atualizar esse cenário, já com a nova posição do governo brasileiro”, declarou.