Com capacidade para 70 toneladas de produção diária, o Frigorífico de Processamento de Peixes está previsto para operar em no próximo mês. O negócio vai gerar 400 empregos diretos, oportunizando, desde o pequeno ao grande criador de peixes, o aumento da renda familiar. Além de atender o mercado interno e demais centros brasileiros, o pescado processado deve ser exportado para países andinos, Europa e Estados Unidos.
A ideia é aproveitar a Estrada Interoceânica e atender mais de 60 milhões de consumidores do mercado sul-americano. Com a inauguração do empreendimento, o Acre dá um passo importante para se tornar o endereço oficial da criação e industrialização de pescado na Amazônia.
O frigorífico é fruto do investimento público-privado-comunitário Peixes da Amazônia S.A., que consolida o novo modelo de desenvolvimento econômico sustentável acreano. Instalado em uma área de 63 hectares, o projeto inclui uma fábrica de rações, frigorífico e laboratório de produção de alevinos, com 40 hectares de lâmina d’água.
A versatilidade das espécies de peixes vai definir os diversos tipos de filetagem disponíveis para corte, explica o gerente de produção da Peixes da Amazônia S.A., Jair Bataline: “Cada peixe tem entre seis e 10 formas de filetagem. Esse processo vai depender da preferência do cliente”. A capacitação para funcionários do frigorífico vai proporcionar um leque maior de tipos de corte diferentes.
Fernando Lima, titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis do Acre (Sedens), destaca a grandiosidade do complexo de piscicultura: “Estamos despontando como o endereço da piscicultura na Amazônia. Os piscicultores também estão saindo fortalecidos, pois precisamos da matéria-prima para manter esse funcionamento”.