A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), por meio de sua presidência e de gestores da Oficina Ortopédica, se reuniu na quinta-feira, 23, em Rio Branco, com uma equipe do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).
Em pauta, a construção de parcerias para fortalecer ações de autocuidado das pessoas atingidas pela hanseníase e o atendimento à população dos municípios, por meio da Oficina Ortopédica.
“Estamos buscando garantir o direito e a autonomia básica de locomoção dos pacientes, com prestação de serviços para a população”, disse o presidente da Fundhacre, João Paulo Silva.
O Morhan é uma entidade sem fins lucrativos, suas atividades são voltadas para a eliminação da hanseníase, por meio de atividades de conscientização e foco na construção de políticas públicas eficazes na prevenção, tratamento, diagnóstico e reabilitação das pessoas atingidas pela doença.
“Para nós, do Morhan, a reunião de hoje tem uma nova história, com a prevenção de incapacidade e reabilitação a essas pessoas que por muito tempo viveram um verdadeiro holocausto”, disse o coordenador estadual do Morhan, Elson Dias.
Durante o encontro, João Paulo Silva recebeu, da equipe do Morhan, publicações sobre políticas públicas e hanseníase na Amazônia brasileira.
Uma delas é a biografia do amazonense Francisco Augusto Vieira Nunes (1939-1997), o Bacurau, que foi interno da Colônia Souza Araújo, em Rio Branco, nos anos 1960, e tornou-se um dos fundadores do Morhan, sendo reconhecido e premiado internacionalmente pelo seu ativismo nas causas de apoio às pessoas atingidas pela hanseníase.
Também participaram da reunião a gerente-geral da Oficina Ortopédica, Wanderleia Barbosa, e os voluntários do Morhan, Raimundo Oceano e Francisco Carlos Silva.