[vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”300402″ parallax_speed_bg=”1.2″ css=”.vc_custom_1505923356907{margin-top: -250px !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card” css=”.vc_custom_1503336412407{margin-top: -150px !important;background-color: #ffffff !important;}”][vc_custom_heading source=”post_title” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Instituída sob decreto no ano de 1987, a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) deu passos firmes rumo aos avanços no campo da pesquisa científica e da inovação tecnológica ao longo de sua existência. Neste 24 de setembro, a instituição comemora 30 anos de contribuição ao desenvolvimento econômico e social, com foco no uso sustentável das potencialidades e recursos naturais do estado.
Nascida com o propósito de tornar-se um modelo de gestão do ponto de vista socioambiental, a Funtac passou a construir estrategicamente no Acre a noção de meios alternativos para manter as florestas preservadas como o maior ativo econômico existente, em meio a um cenário que à época só se falava em desmatamento.
Encontrar uma lógica de progresso que aliasse e integrasse indicadores econômicos, sociais e ambientais era sua maior missão. Nesse sentido, o órgão tornou-se pioneiro no que se entende hoje por desenvolvimento sustentável, por se aprofundar em conhecimento para a melhor utilização dos potenciais naturais presentes na região.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”300401″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card” css=”.vc_custom_1503336412407{margin-top: -150px !important;background-color: #ffffff !important;}”][vc_custom_heading text=”Conhecimento compartilhado com a infraestrutura pública” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]A Funtac dispõe de um corpo de profissionais de áreas específicas essenciais para a evolução da infraestrutura no setor público, no que diz respeito a projetos nas áreas de engenharia civil, florestal e arquitetura, entre outras.
É nesse sentido que a instituição presta assistência e consultorias a boa parte das políticas públicas desenvolvidas no estado. Exemplo disso são os estudos geológicos que viabilizam a criação de novos açudes voltados à piscicultura e o andamento de programas habitacionais.
Além de dar suporte às ações de controle de serviços tecnológicos de obras civis públicas e privadas, o órgão realiza pesquisas na busca de materiais alternativos para a composição de camadas de pavimentos, que possam substituir a importação de material de outros estados, visando assegurar a qualidade das obras e a redução de custos. Dispõe, portanto, de 184 servidores e laboratórios de produtos naturais, solos e asfalto, madeira e sementes totalmente equipados.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”300398″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card” css=”.vc_custom_1503336412407{margin-top: -150px !important;background-color: #ffffff !important;}”][vc_custom_heading text=”Transferência de tecnologias” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Outra área de forte atuação se dá junto às comunidades extrativistas com o trabalho científico realizado com óleos vegetais. No Laboratório de Produtos Naturais (LPN), diversas linhas de cosméticos já foram produzidas a partir da manipulação e experimentos com ativos amazônicos.
Também é no LPN que é disponibilizado o serviço de análise físico-química e microbiológica de água e alimentos à comunidade.
Essa relação custo-benefício tem se fortalecido a cada dia junto ao setor empresarial, uma vez que a Funtac é habilitada para fornecer o laudo técnico do controle de qualidade de produtos.
É dessa forma que o governo do Estado, por meio do órgão, pode repassar a transferência de tecnologias para o setor produtivo e industrial. Exemplo dessa parceria é a indústria Sabonetes Amazônia, localizada no Parque Industrial, que teve no início de seu projeto empresarial a produção artesanal de sabonetes, que se expandiu para a industrialização dos produtos e venda para redes hoteleiras e se consolidou com a parceria da Funtac, com a produção de linhas de tratamento capilar à base de açaí, murmuru e castanha.
De acordo com a diretora-técnica da Funtac, Silvia Basso, antes que se chegue a um termo de cooperação com qualquer empresa, há um trabalho que vai desde a capacitação de comunidades e cooperativas extrativistas para a coleta de insumos vegetais até a análise e controle técnico para a emissão de laudos de qualidade que atestam a eficácia dos produtos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”300405″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card” css=”.vc_custom_1503336412407{margin-top: -150px !important;background-color: #ffffff !important;}”][vc_custom_heading text=”Trabalho que se tornou escola ” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Quem vai à Funtac, logo se depara com Aldenora Lopes da Silva, a “Dona Aldenora”. Dos 52 anos de vida, 28 são de dedicação à instituição. Mãe de quatro filhos, ela conta que tudo começou quando foi contratada como cozinheira, trabalho que se prolongou por 16 anos. Em seguida, mais seis foram na área da limpeza. Mais que o tempero que usava ou a disposição para o trabalho, algo chamava atenção em Aldenora, a vontade de querer aprender.
De uma família de nove irmãos abandonados pelo pai na infância, ela conta que se quisesse estudar no seringal onde vivia, precisaria percorrer pelo menos duas horas no meio da floresta, dificuldade suficiente para que a mãe a impedisse. “Foi assim que cheguei aqui na Funtac sem sequer saber escrever meu nome”, diz.
Com a equipe de profissionais que conheceu, foi despertada a realizar o que mais sonhava: estudar. E o fez. Conciliou trabalho e estudos a partir dos 32 anos e concluiu o ensino médio. Além da persistência, a curiosidade também lhe é característica pertinente, o que a fez ser aprendiz nos laboratórios e participar de diversas capacitações. Além de arquivar processos e protocolar documentos, hoje, quem precisar saber algo relacionado à botânica, anatomia da madeira e outros assuntos pode recorrer a ela.
“Pra quem morava na roça, me sinto uma vitoriosa e agradeço ter entrado por essa porta. Foi meu primeiro emprego, e que bom que foi o único da minha vida, porque aqui construí uma família”, frisa.
Depois de ver os filhos graduados, ela afirma que ainda deseja também cursar faculdade. “Já fiz o Enem e não consegui passar, mas se não desisti até aqui, não vou desistir ainda”, completa.
Há quatro anos Aldenora é secretária de gabinete na instituição. De sorriso largo, logo a conversa com ela sempre flui facilmente com quem chega por lá.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”300562″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card” css=”.vc_custom_1503336412407{margin-top: -150px !important;background-color: #ffffff !important;}”][vc_custom_heading text=”Fábrica de preservativos Natex” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]Há 11 anos, a fábrica de preservativos masculinos de Xapuri, a Natex, alia uso sustentável da floresta com tecnologia de ponta. Vinculada à Funtac, a fábrica é responsável pelo fornecimento de 15% dos preservativos distribuídos pelo Ministério da Saúde (MS), sendo a única do mundo, nesse segmento, que utiliza em seu processo industrial borracha nativa como matéria-prima, garantindo a manutenção da floresta, ao mesmo tempo em que gera renda para as famílias de extrativistas da região.
A indústria, que gera mais de 120 empregos diretos, possui 700 famílias cadastradas e envolvidas na venda do látex à fábrica.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”300396″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card” css=”.vc_custom_1503336412407{margin-top: -150px !important;background-color: #ffffff !important;}”][vc_custom_heading text=”Pesquisas em andamento” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left” google_fonts=”font_family:Ubuntu%3A300%2C300italic%2Cregular%2Citalic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal”][vc_column_text]
Para a pesquisadora e doutoranda em Conservação da Biodiversidade Magna Alves, a Funtac foi a base, inclusive, para a construção de modelo de manejo florestal madeireiro e não-madeireiro.
“A proposta desde o início sempre foi a ampliação de conhecimento, de modo a se buscar tecnologias que se adaptassem à realidade do Acre. Podemos ressaltar também que foi graças aos inventários e o trabalho que se fez em torno disso, que as florestas se tornaram efetivamente mais conhecidas e isso se deve à Funtac”, frisa.
Magna, que esteve presente desde a criação, segue dedicando parte de seu tempo à instituição mesmo depois da aposentadoria. Atualmente, desenvolve uma pesquisa com o lapachol, composto orgânico encontrado em espécies como o ipê, e que pode ter efeitos terapêuticos para tratamento contra o câncer e outras doenças.
“O ipê é uma espécie em abundância na nossa região e está dentro do nosso manejo, portanto, a pesquisa segue em execução para a descoberta do volume produzido a partir da extração da madeira, para o estudo de constituintes químicos e coleta de dados para que se chegue à formatação de uma cadeia produtiva que possa viabilizar a produção da substância por parte de alguma indústria. Uma empresa do Nordeste já, inclusive, sinalizou interesse”, acrescentou.
Outra pesquisa atualmente em execução diz respeito aos processos de mudanças climáticas na Amazônia. Roberto Matias é pesquisador e mestre em Geologia Ambiental e atua na Funtac desde 1991. Responsável pelo andamento desse projeto, ele frisa que um dos objetivos é mostrar a influência da cobertura vegetal no clima.
“Temos aqui dentro duas estações com sensores fixados no solo monitorados diariamente, uma no local onde tem árvore presente e outra onde não há. Assim, temos relatórios periódicos, uma vez que qualquer interferência é captada para percebermos as oscilações climáticas. Em 2018, teremos a conclusão desse trabalho”, explica.
E é com foco no desenvolvimento, sempre fincado no conhecimento, que a Funtac ao longo de 30 anos tem ajudado a atrair o olhar do Brasil para a Amazônia.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row_content”][vc_column][vc_text_separator title=”Texto de Rayelle Oliveira || Fotos Angela Peres / SECOM/Acre || Diagramação de Adaildo Neto”][/vc_column][/vc_row]