O governador Gladson Cameli formalizou nesta sexta-feira, 18, o pedido de aquisição de 700 mil doses de vacina contra a Covid-19 ao Instituto Butantan, que já está produzindo a Coronavac.
No último dia 10 de dezembro, Cameli já havia se reunido com o governador de São Paulo, João Doria, num empenho de encontrar todas as alternativas para imunizar a população acreana contra o coronavírus. O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o secretário de Saúde do Acre Alysson Bestene também participaram do encontro. Os dois debateram aspectos técnicos da imunização de acordo com os protocolos científicos vigentes.
O Ministério da Saúde também vai adquirir vacinas e enviar para o Acre seguindo o Plano Nacional de Imunização, que prevê a distribuição já a partir de fevereiro. Por esse plano, o Acre receberá, pelo governo federal, doses suficientes para imunizar 136 mil pessoas, o que corresponde obrigatoriamente ao grupo prioritário de idosos e profissionais de saúde. Com a aquisição da vacina do Instituto Butantan feita pelo Estado, mais 350 mil acreanos entre 18 e 59 anos também seriam imunizados, diminuindo drasticamente o alcance da doença. Cada pessoa deve receber duas doses.
Agora, o pedido de aquisição é oficializado ao Instituto Butantan levando em consideração o fato de a Covid-19 ser uma enfermidade de alta contaminação num momento em que o número de casos e mortes voltam a subir no Brasil inteiro.
A Coronavac é uma vacina que traz o vírus inativo, ou seja, o vírus fica dormente no organismo, sem causar a doença, bem como adicionando demais elementos químicos para que causem a resposta imunológica.
O Butantan está recebendo lotes da matéria-prima da vacina da biofarmacêutica chinesa Sinovac e, com esse insumo, poderá concluir a etapa final de fabricação da Coronavac, enquanto aguarda registro e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo de São Paulo anunciou que pretende expandir a produção da vacina para chegar a um milhão de doses por dia.
Nos últimos dias, o governador Gladson Cameli deixou claro que a vacina não deve ser tratada de forma política, mas que esta é uma questão humanitária e de urgência na área de saúde pública.
“Temos o trabalho de imunização nacional junto ao Ministério da Saúde para o público prioritário, mas queremos também nos adiantar e já vacinar o público adulto para diminuir ainda mais o alcance dessa doença. A nossa prioridade é salvar vidas e não vou perder tempo com outras discussões. Estamos alocando nossos esforços hoje para adquirir a vacina e pensar na logística do transporte e de armazenamento dos medicamentos”, conta o governador.