Governador conversou com detentos do complexo penitenciário Manoel Néri da Silva, no Vale do Juruá, e conheceu o trabalho desenvolvido entre os próprios apenados para a ressocialização
O governador Gladson Cameli esteve no complexo penitenciário Manoel Néri da Silva, no final da tarde desta terça-feira, 12, em Cruzeiro do Sul, para levar uma palavra de encorajamento aos reeducandos.
Cerca de 820 detentos cumprem pena na unidade, cujo maior diferencial é oferecer a oportunidade da ressocialização por meio do trabalho agrícola.
“Eles precisam se sentir úteis e o Estado não pode ser o pai, a mãe e os avós de todos. Por isso, queremos dar essa oportunidade para que eles mesmos se mantenham”, afirmou Cameli.
O presídio registra hoje um dos menores índices de reincidência no Acre. “Apenas dois dos presos que deixaram o complexo este ano voltaram a praticar crimes e tiveram que retornar para cá”, diz Missael Melo, diretor da penitenciária.
As boas práticas de cultivo de hortaliças e de beneficiamento da mandioca na casa de farinha são tocadas por 88 detentos de bom comportamento.
Para além das muralhas, na grande área de terra batida em frente à unidade, está o engenho e os canteiros de alface, cheiro-verde e couve que são vendidos às pessoas que queiram passar por lá nos finais de semana, a preços módicos.
Pelo menos 20 sacas de farinha de mandioca são fabricadas todos os dias pelos reeducandos e consumidas no próprio complexo.
A iniciativa deixou o governador feliz e consciente de que o Instituto de Administração Penitenciária está no caminho certo ao estimular ações desse tipo.
“A mensagem que deixo para vocês é a de que tenham esperança por dias melhores. Que vocês encontrem a felicidade de voltar para a sociedade conscientes de que serão pessoas dignas e honradas”, frisou Gladson Cameli.