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Gladson Cameli vistoria recuperação de ramais na comunidade Nova Cintra, em Rodrigues Alves – Noticias do Acre
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zona rural

Gladson Cameli vistoria recuperação de ramais na comunidade Nova Cintra, em Rodrigues Alves

Moradora da comunidade Nova Cintra, em Rodrigues Alves, a extrativista Maria Helena Silva sabe muito bem a falta que um ramal em boas condições de trafegabilidade faz para quem vive zona rural. “O caminhão não entra, a gente não consegue levar nossos produtos para a cidade, tudo fica mais difícil e só temos prejuízos”, relata.

Gladson Cameli durante vistoria de recuperação de ramais na Comunidade Nova Cintra, em Rodrigues Alves Foto: Odair Leal/Secom

Desde o último dia 6 de julho, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), vem trabalhando arduamente para que esta não seja a realidade da comunidade. Máquinas pesadas realizam a raspagem de 31 quilômetros de ramal e a implantação de pontes e bueiros. Previsto para ser totalmente concluído em outubro deste ano, o serviço beneficia mais de 3 mil famílias da região. O investimento de R$ 4,2 milhões conta com a parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre (PDSA II).

Extrativista Maria Helena Silva pode relatar ao governador as dificuldades que a comunidade enfrentou sem ramal em boas condições de trafegabilidade Foto: Odair Leal/Secom

Nesta quinta-feira, 23, o governador Gladson Cameli, acompanhado do secretário de Meio Ambiente, Israel Milani, fez uma vistoria técnica no andamento dos trabalhos no ramal Paraná dos Mouras, um dos maiores do Vale do Juruá. Conhecedor da realidade da população rural, o gestor enfatizou que tem sua administração tem dado atenção especial para melhorar a vida dos moradores das comunidades acreanas.

Melhoria nos ramais visa não só escoamento da produção, mas acesso à educação e serviços de saúde Foto: Odair Leal/Secom

“Temos procurado ajudar todos os municípios do nosso estado e, principalmente, aqueles que vivem na zona rural. Essas pessoas são verdadeiras guerreiras e falo isso porque conheço as dificuldades que eles enfrentam no dia a dia. Por isso, a nossa determinação é que os serviços de recuperação de ramais sejam feitos com seriedade e melhor qualidade possível”, pontuou o governador.

O secretário Israel Milani destacou que, por meio da sustentabilidade, o Estado não vem medindo esforços para melhorar a qualidade de vida da população extrativista que vive em uma das regiões com a maior biodiversidade do estado. “Estamos trazendo melhoria de ramais para que essa comunidade tenha uma acesso melhor. Não só para escoação, mas também para acesso a educação e saúde. É o sistema de meio ambiente trabalhando em prol das famílias que vivem no entorno das florestas estaduais do Vale do Juruá”, destacou.

Gladson conhece produção florestal da Coopercintra

O trabalho da Cooperativa dos Produtores de Agricultura Familiar e Economia Solidária de Nova Cintra (Coopercintra) demonstra que é possível extrair as riquezas da floresta sem destruir os recursos naturais. Reativada em 2012, o empreendimento também é um exemplo de sucesso no Vale do Juruá.

A colheita das amêndoas do Murmuru, uma palmeira típica da Amazônia, quem caem na floresta nativa é o principal produto comercializado pela cooperativa e fonte de renda garantida para 300 extrativistas acreanos e amazonenses quem vivem às margens do rio Juruá.

Gladson Cameli conheceu todos os processos de beneficiamento do Murmuru e ficou impressionado com a estrutura e empenho da Coopercintra Foto: Odair Leal/Secom

O óleo do fruto é bastante utilizado pela indústria de cosméticos na fabricação de produtos para hidratação e nutrição dos cabelos. Por ano, a Coopercintra chega a beneficiar até 23 toneladas de Murmuru. Toda a produção é vendida para duas fábricas dos estados do Pará e São Paulo. Para dar conta da demanda, cerca de 18 funcionários trabalham na sede da cooperativa. Todas as vagas são preenchidas pelos próprios moradores da comunidade.

“Também trabalhamos com a borracha, cacau nativo e vamos começar com o açaí. Além disso, temos planos de implantar a produção de farinha, já que esse é um produto muito forte na nossa região”, explicou o vice-presidente da Coopercintra, Osmarino Lagos de Souza.

Vice-presidente da Coopercintra, Osmarino Lagos de Souza diz que os cooperados também trabalham com a borracha, cacau nativo e logo irão começar com o açaí Foto: Odair Leal/Secom

Osmarino afirmou que a trafegabilidade dos ramais é fundamental para o escoamento dos produtos florestais não madeireiros da Coopercintra. Ele comemorou a recuperação e agradeceu o governo pelo incentivo que vem dando para as comunidades extrativistas.

“Todo mundo está satisfeito porque isso vai trazer uma melhoria tanto para a indústria, quanto para as crianças que ficam andando aqui horas e horas a pé porque o ônibus escolar, mesmo traçado, não consegue andar. Assim como o caminhão da nossa cooperativa que já ficou mais de dois meses parado por causa do ramal ruim. Graças a Deus, esse investimento do governo é essencial para nós”, comenta.

O governador Gladson Cameli conheceu todos os processos de beneficiamento do Murmuru e ficou impressionado com a estrutura e empenho da Coopercintra. Segundo o gestor, empreendimentos como este merecem todo o apoio governamental para que sua produção florestal não madeireira seja escoada e é mais um exemplo que é possível aliar a conservação ambiental com o desenvolvimento econômico e social.

“Saio daqui com a missão de poder contribuir mais com esses guerreiros e guerreiras que estão se dedicando em trabalhar e utilizar o melhor que a nossa floresta tem a oferecer sem prejudicá-la. Falar em desenvolvimento não significa que queremos acabar com o meio ambiente ou ser contra as leis ambientais. São iniciativas como esta que o governo precisa e tem a obrigação de apoiar”, argumentou.

A visita contou ainda com a participação da primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli; do secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Anderson Lima; do diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), André Hassem; do diretor-presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Manoel Gomes; e do diretor-presidente do Departamento de Estrada e Rodagens, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre), Petrônio Antunes.

 


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