Durante reunião por videoconferência com deputados estaduais da sua base política, o governador Gladson Cameli fez um apelo à aprovação do Instituto de Saúde. O Projeto de Lei foi debatido por vários dias pelos parlamentares, que apresentaram emendas.
No encontro virtual, o governador propôs algumas reflexões aos deputados. “Essa pandemia do coronavírus afeta países ricos e pobres. E todos estão passando por dificuldades econômicas. Mas aqui no Acre estão se preocupando com eleições e esquecem a pandemia. Para aqueles que defendem a flexibilização do isolamento social, já decidi que a minha preocupação é com vidas. Sei que a pressão sobre os deputados é grande. Não trabalho com a possibilidade de atrasar a folha de pagamentos do funcionalismo e os repasses constitucionais,” afirmou Cameli.
Um outro ponto abordado por Gladson foi que a saúde e a segurança são essenciais no combate à pandemia. “Conseguimos aprovar cem por cento da insalubridade para os servidores da saúde. Viabilizamos o Into com UTIs e leitos disponíveis à população para o tratamento dos doentes do Covid-19 e já iniciamos a construção dos hospitais de campanha. Temos feito todos os esforços para proteger a população do Acre,” destacou.
O governador deixou claro aos deputados que a criação do Instituto de Saúde será essencial para preservar os empregos dos servidores do Pró-Saúde.
“Tenho a decisão do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as demissões no Pró-Saúde e estou no limite de gastos com pessoal. Se o Instituto de Saúde não for aprovado serei obrigado a cumprir as determinações da Justiça. Quero ser justo, mas preciso do apoio dos deputados. Temos trabalhado com transparência. O meu argumento é que quero regularizar a situação do Pró-Saúde e passar segurança pra sociedade. Vamos flexibilizar na hora oportuna. O nosso maior adversário é o coronavírus e precisamos de trégua nas discussões políticas que não vão nos levar a lugar nenhum”, disse o governador Gladson Cameli.
Além dos deputados estaduais, participaram da reunião o Chefe do Gabinete Civil Ribamar Trindade, o conselheiro político Normando Sales, o diretor do Pró Saúde Marcelo Chaves Batista, a assessora jurídica Raphaela Messias Queiroz, os procuradores do Estado João Paulo Setti e Leonardo Cesário.