Meninas com idade entre 11 e 13 anos começaram a ser vacinadas contra o papiloma vírus humano (HPV) nesta segunda-feira, 10, em todo o Brasil. No Acre, a campanha foi lançada oficialmente na Escola Estadual Padre Antônio Diogo Feijó, no bairro Floresta, com a presença do governador Tião Viana, da deputada federal Perpétua Almeida e das secretárias estadual e municipal de Saúde, Suely Melo e Marcelina Alexandrina, respectivamente.
Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), a proposta do Ministério da Saúde (MS) é garantir a proteção das jovens contra o câncer do colo do útero. As doses da vacina serão administradas nos postos de saúde e também nas escolas das redes pública e privada de ensino (que aderiram à campanha). De acordo com o MS, a meta é contemplar 80% da demanda, formada por 5,2 milhões de crianças e adolescentes do sexo feminino.
Segundo o governador, os estados do Acre e do Amazonas requerem atenção especial pelo número considerável de mulheres que estão vulneráveis à doença. “Esse é um dos passos mais bonitos e honrados da saúde pública na história da medicina brasileira. Agora, nós teremos 23 mil acreanas protegidas desse tipo de câncer, que é a quarta causa de morte de mulheres no país”, destaca Tião Viana.
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A estudante Laís Oliveira considera importante a imunização para a saúde de meninas de sua faixa etária. “Muitas da minha idade ainda não estão com a vida sexual ativa, mas algumas, sim. Essa vacina vai nos ajudar a não sofrer com uma doença tão cruel como o câncer”, observou.
A titular da pasta de Saúde de Rio Branco revela que a secretaria entrou em contato prévio com a rede escolar da capital, além dos pais e responsáveis pelas alunas, para que fosse autorizada a vacinação. “Já são 13 escolas iniciando a vacinação e todas deverão seguir um calendário. Esse é o cumprimento de um dever nosso, que é cuidar dessas adolescentes”, finalizou Marcelina Alexandrino.
Imunização em três etapas
Para garantir a proteção completa, o MS informa que a imunização ocorrerá de forma estendida, em três doses. A segunda deve ser realizada seis meses após a primeira vacina e a terceira, depois de cinco anos do começo do tratamento. Em 2015, o público da campanha serão as meninas de nove a 11 anos de idade e, a partir de 2016, a vacinação ficará restrita às meninas na faixa dos nove anos.