O governador Gladson Cameli visitou nesta quarta-feira, 27, o principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Instituto Butantan, em São Paulo. Acompanhado do secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene; do secretário de Ciência e Tecnologia (Seict), Anderson Abreu; do diretor de Transporte Aeronáutico da Casa Militar, Carlos Augusto Negreiros; e do procurador-geral do Estado, João Paulo Setti; o governador conheceu todo o trabalho realizado no instituto e foi recebido pela diretoria técnica da entidade.
O Instituto Butantan é o responsável por cerca de 60% da produção de soros hiperimunes e grande volume da produção nacional de antígenos vacinais, que compõem as vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
Um vídeo institucional foi apresentado à comitiva do Acre, explicando os principais objetivos do instituto. O governador Gladson Cameli pediu apoio técnico da casa para ajudar no combate ao coronavírus no Acre.
“Precisamos continuar em prevenção com muita responsabilidade e o Instituto Butantan é uma referência para todo o Brasil. Mas, além disso, somos o corredor principal de acesso ao Oceano Pacífico e estamos de portas abertas para colaborar com a ciência, diante de toda a riqueza amazônica, que temos disponível em nosso estado. Estou aqui para ajudar para que possamos construir pontes”, enfatizou o governador.
O governador disse, ainda, que busca parceria no diagnóstico dos casos de Covid-19 no Acre, inclusive com a possibilidade de ampliar a capacidade de testes. “Precisamos de apoio à Sesacre no monitoramento dos dados para trabalharmos na prevenção e combate ao vírus”, enfatizou.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, explicou que o Acre representa um ponto de diversidade muito importante no ecossistema e isso precisa ser contemplado nas estratégias de fortalecimento e integração, para bem servir um conjunto de ações importantes. Disse ainda que no momento todas as energias do instituto estão concentradas na situação da Covid-19.
“A sua presença aqui muito nos alegra. Temos acompanhado sua gestão e vimos que o senhor está muito preocupado com o seu estado. O Acre tem uma importância muito grande e gostaríamos de colaborar com ações que possam beneficiar a população. Estamos aqui a serviço da vida e sabemos que o senhor tem defendido a vida do povo do Acre com muita dedicação”, observou o diretor.
Covas deixou a equipe da Fundação e Instituto Butantan à disposição da equipe da Secretaria de Saúde e do Comitê Covid no Acre, para que possam organizar estratégias e colaborar em ações emergenciais de saúde para o Acre. Entre as ações mencionadas pelo diretor, está a doação de plasma sanguíneo, que é a parte líquida do sangue e corresponde a 55% do volume total do fluido. Ele é composto de proteínas, sais minerais, gás carbônico e outras substâncias dissolvidos em água e muito usado no tratamento da Covid-19.
O secretário de Saúde, Alysson Bestene, também agradeceu e parabenizou os pesquisadores do Instituto Butantan por tamanha dedicação durante estes meses, especificamente em relação à produção da vacina Coronavac. Bestene relatou aos gestores do instituto que, após 24 horas do recebimento, a vacina já havia sido distribuída para todos os municípios do Acre. “Temos nos empenhado muito para que nossos indígenas, profissionais da saúde e idosos sejam vacinados o mais rápido possível, para que possamos ter mais tranquilidade e queda nos números de casos”.
Cameli concluiu sua fala na reunião enaltecendo os esforços pela saúde humana realizados pelos pesquisadores: “Jamais poderemos agradecer o que vocês fizeram e continuarão fazendo por todos nós. Temos muito respeito pelo trabalho e dedicação de cada um de vocês. Não quero perder tempo, para salvar a população do meu estado a superar esse momento que estamos passando. Por isso queremos continuar contando com apoio de vocês”.
Além do diretor Dimas Covas, a comitiva acreana foi recebida pelo diretor de estratégias institucionais da Fundação Butantan, Raul Machado Neto; pelo diretor jurídico Paulo Capelotto; pela diretora de projetos estratégicos, Cintia Retz e assessora técnica Jaqueline Borin, todos pertencentes à Fundação Butantan.
O que o Instituto Butantan faz?
O Instituto realiza pesquisas, desenvolve estudos científicos nas áreas de biologia e de biomedicina relacionados, direta ou indiretamente, com a saúde pública; realiza missões científicas no país e no exterior por meio das organizações Mundial e Panamericana da Saúde, da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Unicef (Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas) e colabora para a melhoria da saúde global, com outros órgãos da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde.
Atualmente existem mais de cem mil artigos científicos públicos em revistas de renome nacional e internacional elaborados pelos pesquisadores do Instituto e da Fundação Butantan.
Com informações do site oficial do Instituto Butantan.