Com o propósito de formar os profissionais que atuam no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo do Acre, com foco na qualidade social, o governo do Estado anunciou a abertura do curso de Formação da Escola Nacional de Socioeducação. O evento foi realizado nesta terça-feira, 6, na Biblioteca Pública, em Rio Branco.
A qualificação é voltada a cerca de 500 servidores do Instituto Socioeducativo (ISE) e do Sistema de Garantia de Direitos, envolvendo diretamente o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública do Estado (DPE/AC), conselhos Tutelares e Secretaria de Educação, entre outros. A formação será realizada em todos os municípios onde há centros socioeducativos: Rio Branco, Sena Madureira, Feijó e Cruzeiro do Sul.
O agente socioeducador Eliudo dos Santos disse estar grato ao governo, pois essa é uma forma de mostrar resultados no trabalho. “Para o servidor que está se qualificando, significa qualidade no serviço, atenção, estar cada vez mais atuando e alinhando as atribuições. O serviço socioeducativo não se faz com arma ou força física, a principal ferramenta é a pedagogia, presença e o ensinamento. Portanto, somos verdadeiros professores”, disse.
Serão 235 horas-aula e, ao término, haverá certificação da Universidade Federal de Brasília (UnB) na modalidade de curso de extensão, com foco na qualificação social em consonância com as orientações do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo. Ao todo, são R$ 356 mil frutos de convênio com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH).
Valorizando o profissional
Para a vice-governadora Nazareth Araújo, “esta é uma ação que não beneficia apenas os profissionais do sistema socioeducativo, mas as famílias dos socioeducandos, o que resultará em benefícios para toda a sociedade. Quando se capacita esses profissionais, ele vai dar mais resposta às situações do dia a dia e ter mais segurança na sua atuação. É isso que queremos enquanto governo e sociedade”, frisou.
Rafael Almeida, diretor-presidente do ISE, disse que o esforço do governo em ofertar a qualificação irá resultar em profissionais mais preparados e qualificados. “Os resultados e os impactos serão positivos na vida e na atuação profissional diante dos adolescentes e de seus familiares. O retorno será muito positivo”, destacou.
Wellington da Costa, 18 anos, ex-socioeducando, falou da importância de ações como essas. “As formações resultam em profissionais mais humanos que ajudam a nos reinserir na sociedade. Projetos como o Som da Liberdade são um exemplo de ação que têm mudado a vida dos jovens que cumprem pena no sistema socioeducativo. Mudaram a minha vida e a forma como hoje vejo o mundo”, afirmou.