O sábado, 11, foi de muito trabalho para a equipe da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) que se encontra no Juruá. Durante toda a manhã, os integrantes participaram de uma reunião com produtores rurais em Rodrigues Alves.
O encontro foi motivado por duas questões: a discussão sobre os investimentos na área da produção familiar na região e a força-tarefa que vem sendo realizada em todo o Estado para conter o aumento das queimadas e do desmatamento neste período do ano.
O diálogo foi realizado na Associação de Produtores do Ramal São Paulo, que faz parte do Projeto de Assentamento Paraná dos Mouras.
No local, a principal atividade econômica é a produção de farinha. Porém, os produtores familiares reivindicam à Seaprof investimentos e assistência técnica para ampliar as atividades produtivas.
“Os nossos produtores focam muito na farinha, mas nós temos capacidade de outros tipos de cultura que podem trazer uma renda ainda maior. Além disso, não é preciso derrubar nenhuma árvore, pois temos áreas degradadas para esses plantios”, afirma Francisco Mesquita, presidente da Associação de Produtores do Ramal São Paulo.
No Projeto de Assentamento Paraná dos Mouras existem cerca de 200 famílias de agricultores familiares, divididas em pelo menos três associações. Luzanira Araújo preside a Associação Boa Esperança, na Comunidade São Gerônimo. Ela afirmou que volta empolgada para casa. “Estou muito satisfeita. Vou levar tudo que ouvi aqui para os meus sócios e tenho certeza de que eles vão ficar felizes com os investimentos que a gente vai receber”, disse.
Mecanização, piscicultura e combate às queimadas e ao desmatamento
Glenilson Figueiredo, secretário de Produção Familiar, anunciou alguns investimentos que beneficiarão a comunidade, principalmente na área da piscicultura e fruticultura. “Estamos apresentando o que podemos fazer aqui de investimentos. É uma parceria. Então, a partir de agora, é com os produtores. Eles vão decidir o que é prioridade para essa comunidade”, destaca o gestor.
O trabalho em parceria com os produtores tem o objetivo de evitar o aumento das queimadas e derrubadas. Usando um mapa, o secretário apresentou os locais onde acontece maior incidência de focos de calor na comunidade, propondo um pacto pela redução do uso do fogo na agricultura.
“O importante é que esses produtores agora sabem que o governo do Estado está junto com eles para oferecer alternativas para que realizem queimadas para plantar. Se cada um fizer sua parte vamos aumentar nossa produção familiar e respeitar o meio ambiente”, pontuou.