O governador Tião Viana se reuniu nesta quinta-feira, 19, com a comissão de comerciantes de Brasileia para apresentar novas medidas que oportunizem aos comerciantes restabelecerem o setor prejudicado pela enchente. O encontro foi intermediado pela deputada estadual Leila Galvão e contou com a participação do presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio), Leandro Domingos.
Também participaram da agenda os secretários estaduais de Planejamento e da Fazenda e vereadores do Alto Acre. Entre as medidas apontadas, estão a questão da transferência do centro comercial, a política de crédito para recuperação do setor, o trabalho fiscal da relação entre a Secretaria da Fazenda e os comerciantes e a construção de 500 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida.
“Queremos fazer o melhor do governo para prestar a solidariedade necessária à população”, assegurou Tião Viana. Outra medida indicada pelo governo foi à prorrogação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), para que os comerciantes comecem a pagar só a partir de julho. Além disso, o Estado propõe tentar anistiar esses impostos. “Essa medida seria exclusiva para os comerciantes fortemente prejudicados em Brasileia”, enfatizou o governador.
O presidente da Fecomércio acentuou que essa seria uma solução muito válida, considerando que, com a perda das mercadorias, não houve vendas e, consequentemente, não se geraram impostos. A deputada estadual Leila Galvão agradeceu a assistência do governo. “Pedimos agora prioridade aos comerciantes que estão com os prédios condenados pela Defesa Civil”, intercedeu a deputada, e em seguida o governador assegurou a atenção.
Outras ações, como o aluguel social para os comerciantes, também estão sendo estudadas. O governo garantiu que já estão asseguradas a renegociação e a ampliação de créditos junto às instituições financeiras.
Construção do Centro Comercial
O governador tratou ainda sobre a proposta de construção de um Centro Comercial em outra área, para deslocar o comércio. A primeira opção de local seria um terreno doado pela Eletrobras. O presidente do Sindicato dos Comerciantes de Brasileia, Júnior Revollo, indicou ainda mais um espaço: o terreno do Esporte Club Brasileia, onde a construção nas duas áreas resultaria numa parceria público-privada.
“A ideia seria doar o terreno e os projetos seriam encabeçados pelos sindicados e associações comerciais. Em seguida, os empresários entram com a contrapartida de construção do centro”, sugeriu o presidente. O governador concordou com a ideia e pediu que já fosse iniciado um diálogo entre o setor para as definições e indicações ao projeto.