Os órgãos que compõem o Sistema Estadual de Meio Ambiente apresentaram nesta sexta-feira, 15, os primeiros resultados da Operação 7 de Setembro, desencadeada na semana passada.
Os números foram apresentados durante a reunião semanal da Força-Tarefa contra Queimadas e Desmatamento da Casa Civil, realizada semanalmente na Sala de Situação do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC).
Em agosto e nos primeiros 15 dias de setembro já foram 35 notificações, 117 hectares em áreas embargadas, 49 polígonos visitados e R$ 720 mil em multas.
Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), Polícia Militar, Defesa Civil e Bombeiros integram a atividade em âmbito estadual.
“Nosso resultado é expressivo para o período climático mais crítico do ano, a última semana de agosto e a primeira quinzena de setembro. Enquanto foram registrados 32 mil focos de calor na Amazônia somente este mês, no Acre foram mil. Os órgãos de controle estão agindo fortemente em todo o estado”, disse Edegard de Deus, titular da Sema.
Precipitação pluviométrica
As chuvas em agosto ficaram acima da média climatológica esperada para o mês. A precipitação pluviométrica alcançou os 60 milímetros na capital.
Às 6 horas desta sexta-feira, o Rio Acre apresentou nível de 1,85 metro, 18 centímetros a mais que a medição realizada ontem no mesmo horário.
As ações coordenadas pela Defesa Civil Estadual têm contado com apoio de outras instituições, como a Secretaria de Educação e Esporte do Acre (SEE). A prevenção tem sido trabalhada também nas salas de aula.
“Nós tivemos uma redução de 30% em relação aos chamados ao Corpo de Bombeiros, mas nós vamos continuar o trabalho com a mesma intensidade. Nosso efetivo está reforçado e atuando em todo o estado”, disse o coronel Argemiro Santos, do CBMAC.
Abastecimento
O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) intensificou as ações previstas no Plano de Contingência do Abastecimento. As bombas flutuantes permanecem em operação neste período, em que o Rio Acre alcançou níveis bem abaixo do esperado.
O fluxo de distribuição de água potável na capital foi alterado. Ao intervalo de abastecimento foram acrescidas horas ou um dia a mais.
“Historicamente, setembro é o mês de maior dificuldade para captação de água. Temos uma pequena previsão de chuva para os próximos dias e o nível do Rio Acre vem subindo gradativamente. Estamos com dificuldades, mas descartamos a possibilidade de um colapso no abastecimento”, afirmou Miguel Félix, superintendente do Depasa Rio Branco.