O secretário de Produção e Agronegócio (Sepa), Paulo Wadt, esteve nesta terça-feira, 27, em Porto Velho, onde se reuniu com gestores dos governos de Rondônia e do Amazonas, além de representante do Banco do Brasil, para conhecer as políticas para a promoção do crédito rural e assim trazer um modelo de impulsionamento para a Agricultura Familiar do Acre.
Participaram do encontro o secretário de Produção Rural do Amazonas, Petrúcio Pereira de Magalhães, o secretário de Agricultura de Rondônia, Evandro Padovani, o gerente regional do Agronegócio do Banco do Brasil para Rondônia e Acre, Jhovito Evaristo Correa, e o secretário executivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Rondônia, José Neves.
Durante a reunião, o gerente regional do Banco do Brasil revelou que, somente em Rondônia, foram aprovados 12.236 projetos de crédito rural, com um total liberado diretamente aos produtores rurais do estado de R$ 1,2 bilhão.
Paulo Wadt acredita que se o Acre adotar a mesma política agrícola do estado vizinho, poderia alcançar número de liberações de créditos equivalente, principalmente dentro da agricultura familiar.
Segundo o secretário de Produção e Agronegócio do Acre, o apoio ao pequeno agricultor familiar para a captação de crédito de fomento agrícola representará a concretização do fim da política da florestania – vivida no meio rural nos últimos 20 anos – visando colocar o Acre num novo patamar político e econômico.
“Com esses investimentos, os recursos gerados com a arrecadação de impostos ultrapassará, anualmente, o volume de empréstimos internacionais aplicados no setor rural e florestal acreano. Isso com a vantagem de não gerar dívidas pelo Estado para serem pagas, aumentando o nível de emprego, consumo e serviços. O agronegócio para a agricultura familiar será um resultado que marcará para sempre o governo Gladson Cameli como uma das maiores referências da história acreana ao setor”, destaca Paulo Wadt.
Aliança dos três estados
Ainda durante a reunião, o secretário do Amazonas, Petrúcio Pereira, ressaltou que seu estado também está atento à importância do agronegócio para o desenvolvimento da economia. Ele destacou que, por décadas, o Amazonas deu muito mais enfoque a Zona Franca de Manaus, mas que neste novo momento o agronegócio surge como uma opção forte de desenvolvimento econômico.
Tanto, que o governo do Amazonas prepara um concurso público para a contratação de mais de 400 profissionais da área agrária, a serem distribuídos entre as ações de assistência técnica e extensão rural e as ações de defesa sanitária animal e vegetal. Padovani reforçou a necessidade do desenvolvimento regional ser discutido de forma ampla entre os três estados, com ações integradas no setor de logística, assistência técnica e fomento.
O secretário Paulo Wadt ressaltou que o volume de contratos de fomento firmados em Rondônia é o indicativo forte do rumo tomado pelo governador Gladson Cameli ao apoiar o agronegócio. Acima de 95% dos contratos de crédito rural de Rondônia atendem ao perfil da agricultura familiar, com um montante de aproximadamente R$ 1 bilhão destinado a pequenas propriedades rurais.
“É a verdadeira sustentabilidade econômica das pequenas famílias de produtores, os quais geram empregos, serviços e receita para o Estado. O grande produtor já possui acesso ao crédito, mas o pequeno precisa dessa nova orientação do programa de governo para que consiga produzir e não viver em situação de miséria”, afirma Paulo Wadt.